Na última eleião (2022), em Serrinha, Lula obteve 73.14% dos votos (35.341) e Bolsonaro 21.72% (10.496). Portanto, a população do município votou majoritariamente em Lula na proporção 3/1. Isto é, em cada 1000 votos Lula obteve 700 e Bolsonaro 300.
No pleito para governador Jerônimo obteve 53.81% dos votos (percentual menor do que o de Lula) ainda assim alto (24.801 votos) e ACM Neto 354.90% (16.093 votos) e para o Senado, Otto Alencar obteve 26.330 votos (mais do que os votos ao governador) contra apenas 9.160 (de Cacá Leão). Foram eleitos, portanto, Lula, Jerônimo e Otto. E os outros dois senadores da Bahia, Jaques Wagner e Angelo Coronel também foram majoritários em Serrinha.
Otto sempre foi bem votado em Serrinha e seu filho Otto Filho atual deputado federal foi o segundo mais votado em Serrinha, em 2022, com 4.749 votos. Mas, nem Otto; nem o filho falam da estrada, cobram de Lula e do ministro dos Transportes a execução da obra. Otto (o senador) só vai a Serrinha de ano em ano na abertura da Vaquejada e depois some.
A deputada federal mais votada em Serrinha, em 2022, foi Roberta Roma (PL) esposa de João Roma, apoiada pelo prefeito Adriano Lima, na época da eleição, bolsonarista. Roberta não comenta nada sobre a BR-116. Ela obteve 7.525 votos da população de Serrinha. E agora? Nem os eleitores que votaram nela cobram uma posição, nem ela diz nada. Foi a maior votação para uma deputada federal na história de Serrinha.
Outros deputados federais eleitos também foram votados em Serrinha: Joseildo Ramos (PT) 2.121 votos; Daniel Ameida (PCdoB) 1.446 votos; Ricardo Maia (MDB) 1164 votos; Ivoneide Caetano (PT) 945 votos. Esses são mudos totais em relação a Serrinha e voltarão em 2026 para pedir mais votos. E só.
Dos deputados estaduais eleitos Osni Ocardoso (PT) 10.120 votos; Luciano Simões 2.106 (UB) apoiado pelo prefeito Adriano; Marcinho Oliveira (UB) 1853 tem base maior em Santaluz; Vitor Azevedo (PL) bolsonarista 932 votos; Jordávio Ramos (PSD) 706; e José de Arimatéia (Republicanos com base em Feira) 636 votos ninguém fala na Assembleia sobre a estrada.
Osni se tornou seceretário de estado e os outros só foram a Serrinha pedir os votos e retornarão em 2026.
Pergunta-se?
Por que a comunidade serrinhense não cobra do presidente, do governador, dos senadores, dos deputados a duplicação da estrada?
Porque sempre foi passiva, acomodada, lenta, cordeira e aceita tudo calada. E não há sinais de que vai mudar.
Serrinha, hoje, não tem um representante nato nem na Assembleia, nem na Câmara, nem no Senado. E aqueles que são votados no município o tratam de maneira acomodada, cordeiros de Deus. (TF)
