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Tasso Franco

SALVE 2 DE JULHO: POPULARES SUPERAM POLITICOS E SÃO A ESSÊNCIA

A maior atração da festa são as figuras populares, o o caboclo e a cabocla puxados pelo Quebra Ferro
03/07/2024 às 13:16
  
    1. A festa civica, politica e militar comemorativa ao 2 de julho rivaliza com o 7 de setembro e o Carnaval em termos populares, na capital da Bahia. A maior é o momo e também a mais animada porque predomina a música sobretudo a eletrizada e que atinge multidões. O 2 de julho e o 7 de setembro se parecem embora sejam distintos uma vez que, no 7 de setembro, salvo o grito dos excluidos, a política fica em terceiro plano e a população não dá a menor atenção a ela. No 2 de julho, mesmo com o presidente Lula presente pelo segundo ano consecutivo nem ele empolga. Pelo contrário tomou vaias e recebeu aplausos e usou uma caminhonete para marcar presença.

    2. O que notamos, neste 2024, foi uma indiferença aos politicos salvo ao prefeito Bruno Reis, que está em alta. Mas, ainda assim, a população vê a personalidade de Bruno mais como prefeito, gestor da cidade, do que como politico. O governador Jerônimo Rodrigues cumpre apenas a obrigação institucional. Não empolga. Os senadores e deputados muito menos. 

   3. Os vereadores da capital fazem um esforço enorme com galeras uniformizadas e aparecem um pouco apenas para seus eleitores. Ninguém vai votar num vereador porque viu sua mensagem no 2 de julho, até porque é muito dificil destacar uma mensagem nesta grande festa. teve uma época que um candidato usava a imagem de uma baleia e agradava. E Cosme de Farias, em tempos idos, distribuia cartas de ABC, tradição que é mantida Clarindo Silva, na Cantina da Lua.
    
   4. O dono da festa é o povo. E povo na cidade do Salvador é o que não falta. Há, no entanto, uma distinção entre o povo que vai ao desfile pela manhã, entre a Lapinha e a Praça Thomé de Souza, desfile mais politizado e repleto de professores, sindicalistas, técnicos das áreas da saúde e educação, e os ideológos à diretia e à esquerda. Estão em baixa: a população que assiste não dá a menor atenção às suas mensagens. Já tiveram desempenhos melhores. 

   6. As figuras populares se destacam - baianas em trajes típicos, músicos, senhores com terno de linho branco, balarinos, etc, e são disputados para fotos e entrevistas. O Filhos de Gandhy se rendeu ao governo do estado e vestiu uma camisa com a marca do governo. Não precisava bajular tanto. Esse depõe contra a instituição que deve ser política ampla e comportando todas as ideologias e credos. No momento em que se entrega ao governo perde a raiz, a essêndcia.

   7. Os balões da Prefeitura e do estado e as propagandas governamentais são um zero a esquerda. Festa civica não comporta esse tipo de coisa. Essa é a diferença do 2 de julho para o 7 de setembro. No 7 de setembro em desfile na Avenida 7 a partir do Corredor da Vitória até a Praça Castro Alves não existem balões nem propaganda politica ou desfile de politicos. Só de militares. Na 2 de julho mistura-se tudo: civis, militares, politicos, sindicalistas, etc.

    8. O 2 de julho a cada ano vai inventando novos personagens tidos como heróis e heroinas desde uma mulher que teria lutado com folhas de cansanção (Maria Filipa), um padre que se supõe ser a representação de Luis Anselmo, o corneteiro Lopes - que não há registro histórico dessa ivencionece, e caboclos e indios. Os verdadeiros heróis - Barros Falcão, Lima e Silva e outros - sequer são lembrados. 

   9. A festa tem esse contorno folclórico. História é uma coisa e folclore outra. Alguns caboclos, negros e indios lutaram integrando os batalhões brasileiros. Mas, a guerra propriamente dita foi pouca. Muita gente se envolveu e a batalha mais importante foi a de Pirajá, em novembro de 1822, mas parou por aí até hoje nuinguém sabe quantas pessoas morreram nela. Diz-se que, entre 150 a 180 dos dois lados.

   10. Depois dessa batalha estabeleceu-se uma guerra de cerco e alguns confrontos no subúrbio, Brotas, Itapuã e Rio Vermelho. No mar, Lord Crohcane, o almirante contratado por dom Pedro I nunca atacou a marinha portuguesa comandanda pelo almirante João Félix, em Salvador. Félix tentou dominar Itaparica e não conseguiue ai aconteceram algumas lutas.

    11. E só, nbo dia 2 de julho de 1823, Madeira de Melo e João Félix embarcaram suas tropas e dezenas de portugueses ricos que moravam em Salvador e zarpou para Lisboa. A guerra acabou assim e o Exército Pacificador de Lima e Silva entrou na cidade pela Estrada das Boiadas (Liberdade/Lapinha) até o centro, esfarrapado, caindo pelas tabelas. 

   12. Madeira quando chegou em Portugal foi julgado e preso por ordem de Dom João VI. Depois, foi rejulgado e absolvido. Não chegou a ser considerado herói mas recebeu vároias hoinrarias da Corte e o soldo de brigadeiro da reserva até a morte.
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