Oposição de Wagner ao nome de Aline não alterou a base e Rui venceu com facilidade
1. Não houve surpresas na eleição da enfermeira Aline Peixoto, esposa de Rui Costa, para a vaga aberta pelo conselheiro Raimundo Moreira, no TCM. Ela obteve 40 votos da base governista e seu adversário o ex-deputado Tom Araújo, 19. Ninguém esperava outro resultado mesmo após o senador Jaques Wagner (PT) se posicionar contra a candidatura Aline.
2. Há um ditado bem antigo que vem desde a cidade eterna, Roma, dando conta de que a política não se ganha com dinheiro; nem com armas. Vence quem tem poder. Ora, quem tem poder, na atualidade, é Rui Costa, ex-governador da Bahia e atual chefe da Casa Civil, muito mais do que o de Wagner.
3. Se Rui não tivesse eleito seu candidato a governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e nem dado uma carreta de votos a Lula para presidente, com diferença de 5 milhões a mais diante Bolsonaro, a história seria outra. Mas, vitorioso nas duas frentes, elegeu com facilidade sua esposa conselheira do TCM.
4. Houve muita marola em relação a indicação de Aline, por ser enfermeira e supostamente despreparada para o cargo, porém, são dados subjetivos e que não são levados em conta, nem pela veracidade; nem por quem tem poder.
5. Ganhou, levou. Essa é a máxima da política brasileira também muito praticada noutros países. A questão da ética vemos ao longo da história que na política praticamente ela inexiste. E ser ético ou deixar de ser ético na psicologia da subjetividade é também uma questão de ponto de vista.
6. O poder ganhou e manteve a base política unida sem fissuras, pelo menos, aparente. O deputado Fabrício Falcão, comunista do PCdoB e da base, originalmente lançado candidato a vaga recuou quando Rui lançou Aline, pois, não teria como enfrentá-la no voto.
7. Na mitologia Davi teria vencido o gigante Golias de Gate com uma pedra e uma funda. Fabrício, um experiente político de Conquista, viu, desde quando os ventos já apontavam Aline no horizonte, que o melhor seria aguardar a próxima vaga. E renunciou, almejando uma segunda oportunidade, o que também é incerto porque na política, como diria o jornalista Sebastião Nery (A Nuvem), oa nimbos se movem.
8. Quando Marcelo Nilo era presidente da Assembleia Legislativa, ele que ficou 10 anos no cargo, dizia o seguinte: - Aqui é a casa do contraditório em que todos têm o direito de opiniar, discordar, protestar, esbravejar, o que mais for, me comporto como um magistrado, porém, ganha quem tem maioria.
9. E houve um momento, em que o TCM quis engrossar o caldo contra alguns Prefeituras, que chegou a se falar em sua extinção, o que é uma prerrogativa da Assembleia. Mas, no nimbos se moveram e a coisa acalmou. Salvo engano, o deputado Paulo Rangel, PT, era um dos defensores do fim da instituição, reconhecidamente, apenas conciliadora.
10. O mais, daqui pra frente, na aprovação do nome Aline Peixoto são formalidades. O governador Jerônimo Rodrigues quando receber a papelada da Assembleia a nomeará e a mesa diretora do TCM a dará posse em momento oportuno, seguramente ainda neste trimestre de 2023.