Veja o que pensa o pré-candidato do PDT a presidente
A entrevista de Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência, ao Flow Podcast, na última segunda-feira, traz um alerta severo ao país. Eele disse que se Lula vencer as eleições o país amanhecerá "em guerra". Trata-se de uma declaração fortíssima e o político se baseia na premissa de que Lula não tem a mínima condição de combater a corrupção. Segundo Ciro, Lula não tem condições sequer de falar do assunto.
Na entrevista, ele afirmou: "Quero reconciliar o Brasil. O que eles [eleitores] estão fazendo com o Bolsonaro depois de terem sido enganados? Eles não querem de volta a esculhambação do Lula e do PT, que eu também não quero. Então, eu posso dizer para eles: 'Ó, meu irmão, a chance agora é você botar um cara que vai poder fazer uma discussão lá no segundo turno com o Lula. Tira o Bolsonaro agora, porque lá eu vou poder discutir corrupção, pacificação do país'".
Em seguida, o pré-candidato perguntou: "Você acha que, se o Lula for eleito, o país vai amanhecer mais ou [vai amanhecer] menos pacificado?".
Quando o entrevistador começou a responder, o próprio Ciro interrompeu e completou: "Em guerra. Isso é evidente. Você acha que o Lula tem condição de oferecer uma agenda de enfrentamento da corrupção, que é um problema gravíssimo do Brasil? Ele tem alguma condição? Ele não tem condição nem de falar no assunto".
Na entrevista, o Ciro diz que quer "pegar pegar o eleitor que está com Lula sabendo que Lula corrompeu o país, que o Lula produziu a crise econômica, que o Lula parou no tempo, que o Lula é o grande responsável pelo atraso conceitual e ideológico do Brasil, mas que é o único cara que vai derrotar o Bolsonaro...".
"Eu quero mostrar para essa pessoa que eu derroto o Bolsonaro – e posso derrotá-lo ainda tirando ele do 1º turno. É só isso. Em vez de votar no Lula com casca e tudo, engolindo essas contradições todas, vota em mim, que eu tiro o Bolsonaro do 2º turno."
Esse temor de Ciro em relação a Lula ainda persiste em alguns segmentos da sociedade, uma vez que o petista continua o mesmo lobo em pele de cordeiro, mas, antes mesmo de chegarmos às eleições, ainda em outubro, já disse que o PSDB acabou, que setores da midia devem desculpas a ele, mexerá na reforma trabalhista, não admite privtizações da Petrobras e Dletrobras. Ademais, o que muitos temem, o sindicalismo deverá ressurgir com força e o MST, hoje, contido na invasão de fazendas, também.
A declaração de Ciro sobre o país amanhecer em guerra, poderia dizer-se que é prórpia do momento politico onde os pré-candidatos cunham frases de efeito para despertar a atenção dos eleitores, porém, ainda reflete um pensamento de parte da sociedade que teme o Lula, especialmente segmentos da direita.
No entanto, é pouco provável que aconteça (a guerra, se Lula vencer) porque o Brasil não tem, historicamente, falando tradição de guerras. De golpes, sim. Já experimentamos o de 1889, com Deodoro da Fonseca; o de 1930, com Getúlio Vargas; e o de 1964, com Castelo Branco. E até nos golpes não aconteceram guerras.
Duvida-se, também, que com esse tipo de declaração, Ciro modifique sua aceitação junto ao público uma vez que vem pontuando em todas as pesaquisas de opinião enre 7/8 de aceitação nas intenções de votos e a campanha está polarizada entre Bolsonaro x Lula.
Na realidade, o que deseja Ciro Gomes com essa declaração é chamar a atenção, pois, este não foi seu primeiro alerta sobre o radicalismo da esquerda e da direita que tomou conta do país, ambos sem projetos para o país. Quando nada tem alguém mostrando que estamos diante do pior dos mundos. (TF)