Colunistas / Política
Tasso Franco

CORONAVIRUS PODE MUDAR A ESTRATÉGIA DE RUI EM POPULARIZAR MAJOR DENICE

Não só na capital, mas, no interior também
14/03/2020 às 10:00
 A filiação da major PM Denice Santiago ao Partido dos Trabalhadores (PT) foi aprovada na noite de ontem, em reunião com integrantes das executivas municipal e estadual da legenda. O aconteceu na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

  "Decidi, entendendo este processo complexo de perda de direitos que acomete nosso país, com as pessoas tendo que viver retrocessos severos em uma atuação perversa e desastrada do Executivo federal, decidi ir adiante. Decidi entrar na política e eu quero ser prefeita da cidade de Salvador", afirmou major Denice, em trecho do pedido de filiação partidária.

   A expectativa é de que, a partir do próximo dia 14, data prevista de filiação, a major vá às ruas para popularizar seu nome, candidata de colete do governador.

   Há, no entanto, um óbice. Só quem pode popularizar a major PM Denice é o governador Rui Costa e existem informes de que o chefe do Exexutivo estaria disposto a isso levando-a aos bairros da capital, em pré-campanha, colocando à sua disposição as obras que os governos petistas (Wagner/Rui) têm realizado em Salvador.

   Uma questão importante a considerar e que era imprevisível no meio político até bem pouco tempo: o coronavirus. É um fato novissimo que mexe com as pré-campanhas e ninguém sabe quanto tempo vai durar.

   Rui recentemente se submeteu a uma cirurgia em São Paulo e o médico o proibiu de encontros mais animados com populares e não o deixou participar da Lavagem do Bonfim. No Carnaval, Rui esteve contido, indo a eventos bem seletivos. Chegou a postar nas redes sociais que havia se transformado em "folião de sofá".

   As previsões do Ministério da Saúde são de que os piques de infecções do coronavirus se darão nos meses de abril e maio, em Salvador, também os meses mais chuvosos.

   E agora! pergunta-se: - Rui vai descer as encostas e bairros com a major para popularizá-la exatamente nesses dois meses que antecedem as convenções partidárias?

   Há de se refletir sobre essa situação não só para o governador e sua candidata, caso mais específico porque é desconhecida do público, mas, também, para os outros pré-candidatos. 

   Todo mundo estará contido até porque a população está com medo e não vai sair às ruas ainda mais quando se fala de aglomeração. (TF)