1. Ainda é muito cedo para comentarmos sobre a sucessão do prefeito ACM Neto (DEM) que só vai acontecer em 2020. Mas, desde já, uma vez que Neto perdeu a chance de disputar o governo do Estado contra Rui Costa (PT), erro político grave em nossa opinião, dá sinais de fortalecer o nome do seu vice-prefeito Bruno Reis, salvo engano ainda no MDB, visando ser o cara a enfrentar a oposição, em 2020.
2. Se nos dois primeiros anos do segundo mandato de Neto, Bruno teve funções mais políticas e de percepção da administração, a partir do momento em que foi nomeado secretário de Infraestrutura passou a ter funções política e administrativa mais executiva, o que permite uma maior visibilidade de sua personagem.
3. Assim, em 2013, Jaques Wagner fez com Rui Costa, quando do seu segundo mandato, praticamente transformando-o num 'governador' o que lhe deu visibilidade e o elegeu, em 2014. Mas, cada caso; é um caso.
4. Neto, se assim proceder com Bruno Reis, abrindo mão inclusive dele próprio inaugurar algumas obras importantes que tenha na cidade, Bruno só tende a crescer. Evidente que, como aconteceu com Rui, cabe a Reis frazer a sua parte, correr atrás, fazer as articulações políticas, etc, e não ficar apenas esperando pelo apoio de Neto, até porque, ao que dizem, há ainda concorrentes a vencer internamente, mudar de partido e trabalhar duro, sem cessar.
5. E, claro, tal como aconteceu em Rui que tinha concorrentes internos, estes foram eliminados por Wagner, o que, no caso da PMS podem também ser eliminados por Neto.
6. Na oposição, o nome até agora pré-lançado é do deputado federal sgt e pastor Isidório. Nome forte em proporcionais, mas, com dúvida se teria o mesmo desempenho numa majoritária. Ainda assim é deputado bom de votos, o mais votado na Bahia em duas legislatutras (estadual e federal) e com ideias conservadoras, o que está em moda. Claro que terá concorrentes, provavelmente de peso, uma vez que o nome preferencial de Rui Costa será fortíssimo.
7. Na expectativa estariam Alice Portugal (PCdoB), que foi derrotada por ACM Neto na sua reeleição; Nelson Pelegrino (PT) também derrotado por Neto na primeira eleição; um outro nome do PT (o que é improvavel) mas existem; e Lídice da Mata (PSB). Não vejo nomes no PP e PSD, até porque, diz-se, Leão e Otto sonham com Ondina e não com Tomé.
8. A corrida é longa, mas, nos bastidores já começou. Na prática, a política brasileira é assim mesmo: termina uma eleição e já começa a tratar da seguinte.