São 3 os pontos defendidos por Nilo para chegar ao Senado: Mais um mandato na Presidência da Assembleia (2017-18), integrar um partido forte e vencer em 2016 nos municípios
1. O deputado Marcelo Nilo (sem partido), presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, admitiu hoje durante almoço com os jornalistas que poderá se recandidatar a presidência da Casa pela sexta vez consecutiva, em 2017, totalinzando (se eleitor for), 12 anos no comando da Assembleia (2007/2018), um recorde absoluto. A tese de Marcelo é a mesma que vem defendendo desde 2013 quando reelegeu-se pela quarta vez entendendo que, somente na presidência da Casa, terá chances de empalcar seu nome na chapa majoritária petista e que governa o estado desde 2007.
2. Em 2014, inicialmente lançou seu nome para ser um provável candidato a governador. Sem chances para essa posição, uma vez Jaques Wagner, o então governador, optou pelo nome de Rui Costa, natural que assim fosse porque ambos são do PT, e vendo a vaga ao Senado sendo ocupada por Otto Alencar, que havia sido vice-governador de Wagner, Marcelo recuou e tentou emplacar seu nome como candidato a vice-governador. Wagner, no entanto, optou por João Leão entendendo que o PP tinha mais densidade eleitoral do que o PDT de Nilo.
3. Agora, Nilo está sem partido, pois, rompido com o presidente do PDT baiano, deputado federal Félix Mendonça Jr, admite ingressar no PSL ou no PSD, este controlado por Otto Alencar. Revela que se for para o PSD leva consigo alguns deputados, mas, não tantos como se for para o PSL e ter o comando desta legenda na Bahia. Iriam entre 7 a 9 deputados (contando com ele) para esta nova agremiação politica. A decisão no TRE onde corre o processo da saída de Nilo do PDT deve sair na próxima semana.
4. Nilo diz que tem o apoio de Otto para ser o candidato ao Senado, confessa que está bem na amizade pessoal e política com o governador e trabalha desde já seu projeto politico para ser senador, dando entrevistas em emissoras de rádio pelo interior da Bahia difundindo suas ações. Ou seja, trabalhando para tornar-se mais conhecido. Estratégica idêntica a praticada em 2014, com sucesso na difusão do seu nome.
5. A decisão, no entanto, será política e apreciada em 2016. De toda sorte, o presidente não quer receber outro 'by-passe' como aconteceu em 2014. Trabalha mais e crca-se de novos cuidados.
6. Não diz, mas, supõe-se que aposta num rompimento do PSB nacional da senadora Lidice da Mata com a base do governo Dilma. Se isso acontecer, o caminho fica mais livre para Marcelo, pois, Lidice ficará impedida de ter o apoio do PT em 2018. A senadora - salvo se for uma imposição partidária - descarta ser candidata a governadora, em 2018, sozinha, isolada. Em 2014, pode arriscar-se porque ainda tinha 4 anos de mandatos no Senado. Em 2018, não pode correr o risco de perder o mel e a cabaça.
7. Há, ainda, uma eleição municipal no meio do caminho (2016) e Marcelo trabalha, também, para sedimentar sua liderança. São com essas três frentes que deseja chegar a chapa majoritária de Rui e ao Senado: presidência da Casa Legislativa por mais dois anos (1917/1918), apoio de um partido forte (PSD) ou controle de um partido (PSL), e densidade eleitoral expressa nas eleições de 2016.