Colunistas / Política
Tasso Franco

VICE-PRESIDENTE fala mal da presidente e depois recrimina a imprensa

O Governo da Bahia, através da Secretaria da Administração, realizará concurso público para o provimento de 7.131 cargos de professores
07/09/2015 às 11:13
1. A gente fica sem saber se é pra levar a sério as declarações do vice-presidente da República, Michel Temer, ou se está apenas firulando. Ora, se o vice não deseja que a imprensa especule sobre possiveis 'atos conspiratórios' ou como dizem seus próprios aliados peemedebistas 'preparando-se para desembarcar do governo Dilma' só deve falar de público o que agrade ao governo.

   2. Agora, no momento em que advoga a necessidade de uma liderança que agrege, que una o país, e em seguida, dias depois, fale em alto e eloquente som que uma gestora impopular (como Dilma) não se sustentará em mais 3 anos de governo, óbvio que o papel da imprensa é comentar como base nessas informações a insatisfação de Temer com o andar do governo. 

   3. Neste domingo, a assessoria de Temer divulgou nota na qual repudia as "teorias" de que ele age como conspirador e afirma que a "divisão" e a "intriga" agravam a crise política e econômica.
De acordo com o texto publicado no site da Vice-Presidência da República, a nota foi motivada por reportagens, artigos e análises publicados neste fim de semana.

   4. Diz que a nota que Temer "trabalha e trabalhará junto à presidente Dilma Rousseff para que o Brasil chegue em 2018 melhor do que está hoje. Todos seus atos e pronunciamentos são nessa direção. Defende que todos devem se unir para superar a crise. Advoga que a divisão e a intriga são hoje grandes adversários do Brasil e agravam a crise política e econômica que enfrentamos."

   5. A nota afirma que Temer não é "frasista" e que ele "não se move pelos subterrâneos, pelas sombras, pela escuridão".

   6. O texto diz que Temer repudia "teorias" de que suas atitudes "podem levar à ideia de conspiração". "Seu compromisso é com a mais absoluta estabilidade das instituições nacionais", afirma a nota.
"A sua única cartilha é a Constituição. Especialmente a atual, que tem a democracia como seu fundamento estruturante. É legalista por convicção e vício profissional. Seu limite é a Lei. Sabe até onde pode ir."

   7. Espera-se que, a partir desta nota, deixe de dar declarações fora do tom palaciano.