Parlamentares ficam sem discurso após a traição
Como havíamos comentado neste Bahia Já no último dia 8, a ação política empreendida pelo prefeito ACM Neto induzindo deputados do DEM a votarem a Medida Provisória 665 no ajuste fiscal e contra os direitos dos trabalhadores abriria uma crise na bancada da Oposição na Assembleia Legislativa porque os parlamentares ficariam sem discurso.
A tese é simples: não se pode servir a dois senhores. Quem assim o faz, age dessa maneira, paga um preço politico que poderá ser alto ou de menor proporção. Mas, paga.
Que haveria descontentamento na própria base oposicionista, isso seria sem dúvida. E foi o que aconteceu, hoje, na Assembleia, com o deputado Targino Machado criticando duramente ACM Neto e José Carlos Aleluia e o deputado Carlos Geilson (sem partido) destacando que não ficará ou jogará em time que tem dois lados. Ou seja, ou o lider da Oposição, Sandro Régis, toma uma atitude ou a sua base vai minguar.
Já minguou em discurso. O deputado Sandro Régis retirou seu deputados do plenário e convocou uma reunião extraordinária para debater o papel da oposição na Casa. O deputado Targino Machado disse ao BJÁ que lá não iria, salvo se fosse para discutir o comportamento que considera absurdo de ACM Neto compactuar com o PT e 4 deputados do DEM da Bahia votarem com Dilma - José Carlos Aleluia, Paulo Azi, Elmar Nascimento e Cláudio Cajado.
Os líderes do governo e do PT, respectivamente, deputados Zé Neto e Rosemberg Pinto não quiseram comentr o assunto entendendo que isso é o problema do DEM e não deles.
Com a base fragilizada sobrou para o deputado Adolfo Viana (PSDB) fazer criticas ao governo Rui dizendo que ingressou com ações no MP contra os reajustes acima da inflação dos preços do ferry-boat e da água. Ademais, destacou que o governo do PT (Dilma) quebrou o Brasil e a corrupção foi institucionalizada pelo PT na Petrobras.
Coube ao deputado Rosemberg Pinto fazer a defesa do governo situando que, ao contrário do que fala Adolfo, o PT retirou o Brasil do buraco que se encontrava desde a época de FHC. "Nosso governo criou o maior programa de distribuição de renda no mundo que vem sendo copiado por outros país e retiramos o Brasil da dependência do FMI", comentou o deputado situando que, só esses dois exemplos desmanchariam as observações de Adolfo