A morte prematura de Eduardo Campos comoveu o país
1. A vida segue. A coligação PSB/Rede, de acordo com a lei eleitoral, tem dez dias para substituir o nome do ex-governador de PE, Eduardo Campos, morto hoje em acidente de avião na baixada santista. Sendo Marina Silva - hoje muito abalada com a morte do companheiro de chapa - a vice de Campos, natural que ela seja a escolhida.
2. Não diria que muda tudo. Mas, muda muita coisa. Marina é mais ousada, tem posições firmes sobre determinados pontos, fala mais diretamente ao eleitor e um patrimônio de 20 milhões de votos da última eleição. Recall que ainda está praticamente vivo. Só precisa de uns minutos na TV e pronto.
3. A dúvida é saber, se Marina for a ecolhida, se essa bolsa de votos permanece e como se comportará na disputa. De acordo com as pesquisas, parece consensual, Marina entra com uma força maior do que Campos e pode embaralhar tudo. Se a campanha, até agora, estava esboçando uma polarização entre Dilma (PT) x Aécio (PSDB), de acordo com as pesquisas, na base de 38x23 pontos (Ibope), e Campos lá atrás com 9%, Marina pode incendiar.
4. Numa pesquisa do DataFolha de abril último, quando o nome de Campos era substituido pelo de Marina ela atingia 27%, enquano Aécio tinha 16% e Dilma 39%. Ela estava bem comportada na posição de vice embora mantivesse suas posições contra aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin, em SP.
5. Agora, não tem jeito, se for alçada a condição de candidata a presidente pode embolar tudo e o Brasil ter três nomes fortes na disputa.
6. Em certo sentido, isso também pode ajudar a candidatura da senadora Lidice da Mata a governadora da Bahia. Marina é mulher como Lidice e teria esse novo apelo. Uma coisa foi Marina ir com Lidice a Feira de Santana, na condição de candidata a vice e ser recebida por 50 pessoas; e outra coisa é ela na condição de candidata a presidente.
7. O momento ainda é de dor pela morte prematura de Eduardo Campos nesta tragédia. A vida politica, no entanto, segue adiante e esse é o quadro que se esboça.
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