PT não quer ficar sozinho no campo da corrupção e no caso do mensalão
1. A convenção do PT e aliados que homologou a candidatura de Rui Costa ao governo da Bahia revelou estratégias da cúpula deste partido, nas falas do ex-presidente Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, dando conta de que a corrupção não seria uma situação única do PT (o caso do mensalão é o mais notório), e teria havido escândalos na época de FHC, segundo Lula especialmente os casos da Pasta Rosa e Sivan, e que foram contemporizados.
2. Daí a necessidade, nesta campanha, de colocá-los nas manchetes para fazer o contra-ponto. Essa foi uma revelação de Lula para que os "militantes" fossem abastecidos de informações para não deixarem os candidatos petistas serem taxados de conviverem com possíveis atos de corrupção.
3. Um outro ponto, explícito pela presidente Dilma, revela, em sua ótica, que (ela) "está sendo vitima do ódio e da política desqualificada", ainda que não cite nenhum fato concreto desses indicativos. Supõe-se que que a presidente se queixe de críticas mais ácidas ao paradeiro econômico do país, inflação em ascendência, perda de valor da Petrobras e o caso da Refinaria de Passadena, obras de infra-estrutura para a Copa não concluidas e o fisiologismo político praticado por seu governo.
4. Uma terceira estratégia, já praticada por Wagner na Bahia e repisada por Lula na convenção, é de que precisa-se fazer comparativos entre os governos do PT e os anteriores, especialmente os de FHC, entendendo o ex-presidente que o PT "mudou a Bahia e o Brasil".
5. No mais, Lula usa os velhos chavões de que o brasileiro estaria cansado de chupar osso, comer contra-filé e viajar de pau-de-arara, e agora quer comer filé mingon e viajar de avião.
6. De novidade mesmo nessa estratégia do PT somente o fato de querer igualar os prováveis atos de corrupção nos governos do PT, e aí há um dado concreto com o julgamento e a prisão de mensaleiros, e prováveis atos de corrupção praticados no governo de FHC.
7. A citação do caso da Pasta Rosa, dossiê divulgado em 1995 e que apontava doações de 2.5 milhões de dólares do Banco Econômico de Ângelo Sá a políticos, na campanha 1990, entre eles, ACM, foi feita por Lula exatamente para por de sobreaviso ACM Neto, o principal cabo eleitoral da campanha de Paulo Souto.
8. No mais, a convenção foi vibrante, o PT e aliados arregimentaram seus correligionários da capital e do interior e aconteceram muitas ilegalidades, entre elas, a divulgação em balões e outros equipamentos de nomes e números de candidatos, o que só pode ser feito a partir de 6 de julho segundo a legislação eleitoral.
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