Colunistas / Política
Tasso Franco

DEM, PT e PMDB se igualam na defesa dos seus interesses

É tudo igual
15/02/2014 às 11:29
1. Os deputados alinhados com ACM Neto do DEM e PMDB estão utilizando argumentos políticos para defender o gestor diante das ações de ADINS interpostas pela OAB, PT, PSOL e PSL contra o aumento exagerado do IPTU. 

   2. Ou seja, usam os mesmos argumentos dos petistas que diziam (e ainda dizem) que Wagner ao assumir o governo encontrou uma "herança maldita" enorme, daí que não poderia ter consertado a casa (Bahia) num espaço de tempo pequeno, sendo necessário reajustar impostos e tarifas.

   3. E mais: que as criticas ao governo Wagner, sobretudo ao aumento das tarifas acima da inflação efetuados pela Embasa, entre outros, não passavam de choro de derrotados.

   4. Hoje mesmo os deputados Bruno Reis e Leur Lomanto Jr (PMDB) e Paulo Azi (DEM) rechaçaram o posicionamento da direção do PT e de alguns integrantes do partido, em relação ao reajuste do IPTU e comentaram que Nelson Pelegrino ainda não assimilou a derrota nas eleições municipais de 2012.

   5. “Inconformados com o fracasso de 2012 e mais ainda com o sucesso que tem sido a administração do prefeito ACM Neto (DEM) os petistas criam esse bramido em torno da cobrança do IPTU. Esse comportamento mostra a ponta de inveja que eles têm, já que o prefeito em um ano tirou a cidade do cadastro de inadimplência e vem transformando a realidade da capital baiana, diferentemente do governo que segue administrando mal o Estado", diz Leur Lomanto Jr.

   6. Já o deputado Paulo Azi comenta que "Pelegrino foi o mesmo que, na campanha do ano passado, tentou chantagear Salvador com a tese de que o prefeito tinha que ser do mesmo partido do governador e da presidente. Agora, raivoso, tenta atingir a administração de Neto, mesmo que isso custe prejudicar a própria cidade, sobretudo os mais pobres, que ganharam a isenção do IPTU. São mais de 230 mil isentos. Quem não quer o IPTU é um pequeno grupo de especuladores que não querem pagar imposto. Pelegrino está representando esse grupo".

   7. Na opinião de Pelegrino, “a aprovação do IPTU teve vícios regimentais, atropelou a discussão com a sociedade e fere diversos princípios constitucionais e artigos do Código Tributário Nacional. É imperioso que haja suspensão da cobrança, que deve ser feita com base no IPTU de 2013 mais a correção monetária, para discutirmos qual a carga tributária que a cidade suporta no sentido de recuperar receitas” – explicou o petista.

   8. Nosso comentário: Evidente que se trata de uma questão técnica, embora, tudo que é técnico pode também ser considerado político. O que se denota nessa discussão são pontos-de-vistas assemelhados entre PT/PMDB/DEM.  Ao criticar o governo Wagner os democratas e peemedebistas exercem o papel da oposição. Da mesma forma, Pelegrino ao criticar Neto, o faz nessa mesma direção.

   9. O curioso são os argumentos utilizados na defesa dos seus executivos: idênticos.