É tudo que o governador Wagner quer
1. Esta semana poderá ter uma reunião senão decisiva pelo menos elucidadora no campo das oposições para se saber se os três partidos (PMDB/DEM/PSDB) que a compõem vão mesmo disputar o pleito de 2014, na majoritária a governador, com dois candidatos ou com apenas um deles.
2. A decisão a ser tomada em conjunto pelos partidos sob o comando de ACM Neto só deverá ser anunciada após o Carnaval, mas, o martelo pode ser batido antes. Aliás, já foi batido, porém, trincou com a imposição do DEM nacional.
3. Se as oposições forem para a disputa em dois campos, divididas, é tudo que a base governista deseja uma vez que embora esta já tenha sofrido seu racha com a candidatura de Lidice da Mata (PSB/Rede), aí pelo menos o jogo fica mais equilibrado com 4 candidatos deixando-se para que as alianças aconteçam no segundo turno, se houver.
4. Embora o quadro tenha sido outro, na eleição passada, Jaques Wagner ganhou no primeiro turno e os votos de Geddel e Souto somados foram a metade dos seus.
5. Em política, deslizou, dança. As oposições dão sinais de que vão pro "lepo-lepo", dançar de novo. A diferença é que, desta feita, tem Lidice. Mas, óbvio que a esquerda estatal do PSB, no segundo turno se alinhará com o candidato da base governista.
6. Com essa máquina toda, alianças de não sei quantos partidos, Wagner comandando a campanha de Rui, parece-nos que este está no segundo turno. Salvo se houver uma hecatombe. Mas, em política, Wagner erra pouco. Quase não erra. Nesta segunda, o PR de César Borges diz amém a Rui.
7. Se o DEM for desgarrado do PMDB virará nanico na TV com tempo pequeno na propaganda eleitoral. Isso é um complicador e tanto. Além disso, se ficarem nessa lenga-lenga, ninguém duvide que Lidice vá ao segundo turno e peemedebistas e democratas fiquem chupando dedo.
8. Só lembrando as oposições que Wagner trabalha com olho no futuro, 2018. O ex-presidente Lula já sinalizou que, em política nunca se diz não e ele poderá ser o candidato a presidente. Na Bahia, alguém duvida de que Wagner será o candidato?
9. Uma dobradinha Wagner e Lula, em 2018, em qualquer circunstância é super-forte. Há de se dizer que estamos indo longe demais. Nada. O projeto de poder do PT é de longo prazo. Veja que, agora, o PMDB está se ensaiando romper com o governo federal, não porque deseja mais ministérios. Mas, porque teme ter seu poder de fogo reduzido nas próximas eleições com o avanço do PT nas duas casas do Congresso. O PT tá asfixiando o PMDB. O partido já sentiu esse drama e reage.
10. Portanto, ou as oposições tomam juizo na Bahia, em 2014, ou vão pro "lepo-lepo" e só passam a ter chances ao governo do estado no bicentenário da independência da Bahia, em 2022.