Essa é a trama dos petistas
1. Os pingos nos is postos hoje em Dora Kramer nas declarações de Geddel Vieira Lima revelam, em síntese, pelo menos no caso da Bahia, que o politico baiano está escaldado com o "by-pass" que tomou da candidata Dilma na eleição de 2010, disputa ao governo da Bahia, quando, a campanha caminhava para seu final e Geddel dava sinais de que ultrapassaria Souto na corrida sucessória, Lula/Dilma decidiu que o único nome do peito, do coração do governo federal, era Jaques Wagner.
2. Foi uma bucha de água fria enorme na cabeça do ex-ministro da Integração Nacional que se viu amparado apenas pelo PMDB. Ainda assim, teve uma votação próxima de Souto. Evidente que Geddel não ganharia a eleição pelos números tão relevantes que Wagner obteve em sua reeleição, mas, ficou a lição. E, agora, em 2014, Geddel não estaria disposto a receber outro balde d'água gelado na cabeça.
3. Daí que, a lição serviria também para o PMDB nacional que viu o encolhimento dos seus prefeitos em menos 15% no último pleito municipal e, agora, em 2014, se não abrir o olho, ou como diz Geddel, "sair dessa situação nebulosa", vai sofrer uma baixa em sua bancada parlamentar no Congresso Nacional, com estimativas já postas no meio político de menos 20 deputados federais.
4. E aí, o que nem Geddel; nem o PMDB quer é exatamente minguar e deixar de ser competitivo politicamente, manter a aura própria, e se for o caso de ser aliado do governo como é, atualmente, viver em paz com a aliança e não em conflito como acontece nesse momento, especialmente a partir da votação da MP dos Portos e nas querelas e intrigas subsequentes que seguiram, Mas, que também serviram para aflorar de forma mais explicita, que o PMDB não participa das decisões do governo.
5. É prematuro dizer se o PMDB vai rachar ou seguirá aliado do PT nas eleições governamentais. Existem casos e casos, próprios de cada estado. Na Bahia, por exemplo, qualquer que seja o desfecho no plano nacional, a tendência é do enfrentamento do PT x PMDB. E, claro, o pré-candidato já dito no calor da derrota de 2010, é Geddel.
6. Hoje, se procura desestabilizar uma admissível aliança PMDB/DEM, diria, com o objetivo de desgastar Geddel desde já e atribuir-se uma impensada aproximação politica do DEM com o PT (Neto + Wagner). Há velhos conhecidos da midia que se prestam a esse papel, mas, nem ACM Neto é imaturo na politica; nem o DEM se prestaria a esse papel. Se hoje está capenga, seria seu fim.
7. Diz-se que a realidade vai ser explicitada mais uma vez no próximo dia 6, no programa nacional do DEM, ao que se comenta nos bastidores, com fortes criticas ao governo Dilma. Então, meus caros, ACM Neto faz o jogo, hoje, no plano administrativo. Correto. Precisa disso. A Prefeitura está falida e quem tem recursos é o governo federal. Agora, o jogo político é outro. E, sejamos claros: ninguém está se enganando: nem PT, nem DEM, nem PMDB.