Sindicalistas estariam cobrando de deputados da base uma defesa melhor organizada na ALBA
1. Ainda rende na Assembleia Legislativa o epíteto dado pela oposição ao sindicalismo de resultados que o líder da oposição, deputado Elmar Nascimento (PR) classificou de "pelego" e até leu trechos do que significa "peleguismo" na tribuna da Casa, lembrando a época do getulismo, agora, a presidente da Fetrab, Marinalva Nunes, anuncia que vai entrar com ação junto ao Conselho de Ética sobre observações feitas pelo deputado Carlos Gaban (DEM), também nesta direção, do amém, do abaixar a cabeça ao governo.
2. Que foi vergonhoso o papel da Fetrab e sindicatos alinhados com PT e PCdoB isso não se tem dúvidas e poucos deputados da base, mesmo aqueles do PT, salvo a deputada Kelly Magalhães (PCdoB), Zé Neto (PT), Rosemberg Pinto (PT) e Marcelino Galo (PT) sairam em defesa dos sindicatos. Diz-se, inclusive, que isso só aconteceu depois da grita de dirigentes sindicais que estariam se sentindo abandonados.
3. A emenda do acordo parece ter sido pior do que o soneto e hoje, na Casa Legislativa, ninguém arrisca um palpite se o reajuste fatiado com duas mensagens do governador Wagner, uma com 2% e uma outra com os 3.76%, também foi acordado na mesa das negociações, ou se era para ir apenas uma mensagem abrangendo os dois conteúdos. Há essa dúvida. O líder do governo deputado Zé Neto (PT) disse ao BJÁ que o desdobramento se deu por questão técnica, das tabelas.
4. Já o presidente do DEM, deputado Paulo Azi, acha que há um "jabuti na árvore" ou então tudo foi acordo no melhor estilo servil pelos sindicalistas. O certo é que, a base governista já votou e aprovou os 2% de reajuste valendo de janeiro a junho; e vai votar na próxima terça-feira, 21, a parte subsequente (+ 3.76%) sob bombardeio da oposição e de servidores que vão ocupar as galerias da Casa.
5. Já o deputado estadual Tom Araújo (DEM) cobrou mais responsabilidade do Governo nas declarações sobre o reajuste dos servidores estaduais. Segundo Tom, os governistas tentam justificar o baixo índice oferecido pelo governo do Estado, vinculando-o a um suposto reajuste que ainda está sendo negociado pela prefeitura de Salvador com os servidores municipais.
6. “O governo quer atrelar o aumento dos servidores estaduais ao reajuste a ser dado pela prefeitura de Salvador. Acontece que a questão salarial dos servidores de Salvador começou a ser discutido agora, porque a data base no município é no fim de maio. Portanto, as negociações do município estão em curso, inclusive, foram até antecipadas”, disse o deputado.
7. “Não vamos aceitar que a verdade seja escamoteada com declarações de que não há negociação entre a prefeitura e servidores. Isso não é verdade, tanto que prefeitura emitiu nota dizendo que a administração está aberta às negociações, que apenas estão começando, inclusive com o propósito de valorização e respeito ao funcionalismo municipal”, revela Tom.
8. De toda sorte, nessa "guerra" da contra-informação está valendo tudo e a situação usa as armas que tem para diminuir o desgaste de imagem de Wagner junto aos servidores.