Dois pré-candidatos do PT estão na berlinda
1. A semana politica chega ao final com sinais bem claros de que, dois dos pré-candidatos listados pelo PT entre os quatro relacionados para a escolha de um deles, definitivo, como candidato a governador da Bahia, em 2014, já enfrentam problemas desde agora. As declarações de Sérgio Gabrielli, em A Tarde, classificando a oposição de "raquítica"; e as de Luiz Caetano, em Tribuna da Bahia, criticando gestão de ACM Neto, conduziram à contra-ofensivas, no primeiro caso pondo Gabrielli na berlinda como "mau gestor na Petrobras"; e Caetano, envolvido numa série de deúncias, segundo apontou o deputado Carlos Geilson, PTN.
2. Como diria o saudoso governador Luiz Viana Filho "tudo o que se tem de explicar muito não é bom para um politico", ainda mais quando passa a ser vitrine numa possível candidatura a governador da Bahia. Foram tantos os ataques a Gabrielli, na Assembleia, com Luciano Simões (PMDB), Leur Lomanto Jr (PMDB) e Paulo Azi (DEM) como na Câmara dos Deputados, com Antonio Imbassahy, líder da Minoria, o qual acertou a convocação da atual presidente da Petrobras, Graça Foster, para explicar a compra de uma refinaria em Passadena, EUA, gestão Gabrielli, a preços estratosféricos.
3. Sobre Caetano, em pronunciamento bem fundamentado e recheado de dados, o deputado Carlos Geilson (PTN) citou, entre ações judiciais diversas, uma lista com oito pontos. E, ainda relacionou (caso já resolvido), um envolvimento que teve com a Policia Federal, inclusive citando, no plenário da casa, as "algemas" colocadas no então gestor de Camaçari. O deputado Bruno Reis foi ainda mais duro e disse que, além de Caetano, sua mulher Luiza Maia (PT) também está encrencada no TCM.
4. Pelo exposto, sem mover uma palha no plano político, o senador Walter Pinheiro; e o secretário Rui Costa, da Casa Civil, os dois outros nome listados pelo PT se deram bem junto à direção partidária, pois, passaram os dias sem rastros de polêmicas ou pedidos de explicações sobre seus desempenhos.
5. Ora, essa sinalização direcionada ao PT, aponta que, se o candidato for Caetano e/ou Gabrielli o partido terá muito que trabalhar essa imagem de 'purificação" dos seus nomes. Em relação a Gabrielli, a julgar pela disposição do PSDB nacional em levar adiante o tema Petrobras para o palanque da disputa presidencial, seria um complicador. Ele, embora ja dissesse que, "esse é um problema da Petrobras" ainda assim, teria que consumir muito tempo em explicações. E isso irrita o candidato, induz a sair do foco, é um problema.
6. O mesmo pode se dizer de Caetano. Teria que gastar muito verbo para justificar as ações apontadas pelo deputado Carlos Geilson, as quais, o parlamentar classificou como "desastrosas".
7. Evidente que, nada disso dito acima, impedirá suas candidaturas caso o PT assim o deseje. Uma situação parece consensual, pelo menos entre alguns deputados da Assembleia, Gabriell e Caetano são mais polêmicos do que Rui e Pinheiro e isso tem seu lado positivo, motiva mais a militância e a campanha se torna mais pegada, mais firme, aliás, só de passagem, foi o que faltou ao PT na campanha eleitoral de Salvador, em 2012.