Lidice marcou posição e se distanciou dos candidatos do PT e do PMDB
1. Quando a população brasileira espera um movimento de seriedade na política brasileira eis que, sem surpresas, porque o Congresso Nacional age de costas para os interesses da população, para os anseios das organizações sociais e das entidades, e até contra a Lei da Ficha Limpa, elege-se Renan Calheiros (PMDB/AL) presidente do Senado. É o fundo do poço sendo revisitado ele que havia renunciado a este mesmo cargo, em 2007, após uma série de denúncias.
2. E o que causa surpresa, aí sim, é que senadores do PSDB, partido que almeja chegar à presidência da República, votaram a favor de Renan para ficar com um cargo na Mesa. O PT, nem se fala, porque está de tal forma atrelado a esse novo ambiente politico, partido que se esperava atitudes mais consequentes com sua história, dá sua mão a Renan e serve de paródia com o folclórico Suplicy que apelou até para São Francisco de Assis, na vã e ingênua ação para que Renan desistisse de sua pretensão.
3. Nesse processo, conduzindo esse movimento para a Bahia, destacou-se a atitude da senadora Lídice da Mata (PSB), a qual, embora se alinhe com a base governista Dilma/Wagner agiu em consonância com seu partido e a pretensão de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, em candidatar-se a presidente da República, e ela própria, deu um passo interessante para sua pré-candidatura a governadora da Bahia.
4. Com essa sua atitude, se distanciou do PT do senador Walter Pinheiro, do PMDB de Geddel Vieira Lima, do PP de João Henrique, os já também anunciados pré-candidatos a governador da Bahia, em 2014, e fica, sozinha, com o discurso da coerência e alinhada com o pensamento da população que deseja moralidade na política.
5. Evidente que a senadora Lídice não é candidata de sí mesma, como já disse numa entrevista a A Tarde, mas, em sendo Campos candidato a presidente pelo PSB, os socialistas, por determinação partidária, a conduzirão nesta direção. Torna-se improvável que o PMDB, dirigindo a Mesa do Senado e também a Mesa da Câmara, Campos tenha condição politica de ser o vice de Dilma ou de Lula. Pelo exposto, isso continuará cabendo ao PMDB, e a Michel Temer, o avalista de Renan no Planalto.
6. Só restará a Campos ser candidato a presidente ou ser o vice de Aécio Neves, o candidato do PSDB, o que parece improvável. Lídice, portanto, deu um passo importante na sua pré-candidatura a governadora da Bahia.