Marcelo Nilo tem eleição praticamente garantida à reeleição
Em reunião, os deputados estaduais (atuais e os eleitos) da bancada do PT, definiram nesta quarta-feira (17), a seguinte resolução a respeito da eleição à mesa da Assembleia Legislativa da Bahia: O PT trabalha pela unidade da base do Governo, inclusive no sentido de apresentar uma única chapa na eleição para presidente da Assembleia Legislativa da Bahia.
O PT poderá ter candidato a presidente ou apoiar qualquer outro candidato da base, sem estabelecer nenhum veto; o candidato a presidente da base deve se comprometer com a mudança do regimento da Casa, como também em acabar com a reeleição no intervalo entre os dois biênios de uma mesma legislatura. Finalizando, reafirmamos o nosso compromisso com a base do Governo.
A nota é extemporânea, mas tem um detalhe a ser considerado: "acabar com a reeleição no intervalo de dois biênios", o que significa uma postura de oposição para conter Marcelo Nilo, atual presidente, e que trabalha com apoio do governador Wagner para completar o terceiro biênio na presidência (2007/2013) impedindo que concorra a um quarto biênio (2014/2015).
A extemporaneidade da nota está no fato de que a bancada do PT se reuniu com o governador na semana passada, antes de Wagner seguir para Nova Zelândia, e ouviu deste que o melhor seria manter o projeto que está dando certo em curso, apoiando um terceiro biênio a Marcelo, freiando, assim, a candidatura de Paulo Rangel, líder do PT, que o fez até para testar sentimentos.
O PT, esta também é a opinião de J. Carlos e outros deputados mais antigos na Casa, hoje, por ter eleito a maior bancada individual por partido e ter o governador em reeleição deveria ficar com a presidência da Casa. Marcelo já foi presidente em dois biênios, é considerado estimado e fiel ao governo, mas, segundo alguns petistas chegou o momento do PT comandar a presidência da ALBA.
Wagner, no entanto, amigo e protetor de Marcelo, prefere, na próxima legislatura com renovação muito grande na Casa e ainda diante de um cenário imprevisível, não correr riscos e optou por manter o seu projeto de governo em curso, o que significa, também, a ncessidade de ter Marcelo na presidência e garantir a aprovação das matérias do Executivo sem traumas.
Ainda que se diga que o governador não interfere na sucessão da ALBA, e isso é verdadeiro se consideramos que ele não vota, o faz de forma indireta, sem citar o nome de Marcelo diretamente, porém, colocando o seu projeto como prioritário. Ora, para bom entendedor, meia palavra basta.
Daí que, embora ainda esteja cedo para se falar em sucessão na Mesa Diretora do Poder Legislativo, o que só vai acontecer de fato em fevereiro de 2011, como o processo foi desencadeado por Paulo Rangel, Marcelo faz campanha e amparou-se bem em Ondina. Só perde se houver um tsunami.
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