Colunistas / Política
Tasso Franco

ERA DIGITAL SE AFIRMA NOS DEBATES

A Web nas eleições
19/08/2010 às 19:23
Foto: Bico de Corvo
As pessoas estão ligadas diretamente ou indiretamente na web
   Quem descuidou da internet nesta campanha pode estar se dando mal.
   As tribos digitais estão numa movimentação impressionante nas campanhas presidenciais e dos governadores, em menor escala nas campanhas dos deputados, e o Brasil ainda não tem como auferir essa onda multimídia diante do ineditismo da matéria e por falta de empresas que monitorem essa questão.

   Mas, já existem alguns indicadores. Ontem, no primeiro debate do gênero no país (Folha de SP/UOL) com os candidatos a presidência hashtag#debatefolhauol era o primeiro da lista mundial.



  Os três candidatos que participaram do debate (Dilma/Serra/Marina) ficaram surpresos com o impacto do evento, estiveram mais soltos e mais críticos do que na televisão, e a troca de informações (e de influências) das tribos digitais segue em frente, hoje e nos dias seguintes.

  Não se trata de uma coisa fanática de um grupo de pessoas que adotou internet e essa linguagem de vez. Já existe uma massa populacional enorme nesse ligada nesse circuito. Mesmo que você não tenha assistido (e/ou participado) do debate pode, agora, está recebendo uma mensagem de alguém sobre o que se passou.



  Evidente que se o internauta for uma pessoa simpatizante de Dilma estará expondo algumas de suas idéias e pontos de vista. Se forem de Serra e de Marina as mensagens serão nessa direção, de elogios aos seus candidatos. Há, ainda, as mensagens que você pode estar recebendo desqualificando um dos candidatos.

  O maketing viral nessa época das campanhas é intenso. Mas, perceptível ao menor cuidado o que é verdadeiro e o que falso ou fantasioso.



  A rede mãe (o debate em si) se desdobra vários filhotes via twitteres, páginas eletrônicas, e-mails, MSN, Orkut e outros e de imbrica com a rede analógica com uma inter-influência no vai e vem da informação e da contra-informação. E essa discussão (dos debates e outros) acaba na família, na escola, na mesa do bar, no barbeiro e assim por diante. Gira sem parar.



  Aqui na Bahia não há sinais de que teremos um debate com os candidatos a governador na Web. Falta-nos um portal de maior dimensão, embora, A Tarde, que é a maior empresa jornalística de impressos pudesse estabelecer um pool com a Rede Bahia, em interatividade com a Rádio Sociedade, Rádio Piatã e outras, e organizar um encontro dessa natureza. Seria fantástico.



  É provável que, a essa altura da campanha, faltando 40 dias para o pleito, não dê mais tempo para isso. E também é preciso saber se essas empresas na Bahia provinciana se unirão em torno de um objetivo comum. Nunca acontece.



  O certo é que, a era digital chegou pra valer e já atinge um número considerável de pessoas. Num estado como a Bahia, com quase 10 milhões de eleitores, se esse universo chegar a 10% ou 20% desse total já é um número bastante expressivo.



  Portanto, olho vivo na internet até 3 de outubro.