As pessoas estão ligadas diretamente ou indiretamente na web
Quem descuidou da internet nesta campanha pode estar se dando mal. As tribos digitais estão numa movimentação impressionante nas campanhas presidenciais e dos governadores, em menor escala nas campanhas dos deputados, e o Brasil ainda não tem como auferir essa onda multimídia diante do ineditismo da matéria e por falta de empresas que monitorem essa questão.
Mas, já existem alguns indicadores. Ontem, no primeiro debate do gênero no país (Folha de SP/UOL) com os candidatos a presidência hashtag#debatefolhauol era o primeiro da lista mundial.
Os três candidatos que participaram do debate (Dilma/Serra/Marina) ficaram surpresos com o impacto do evento, estiveram mais soltos e mais críticos do que na televisão, e a troca de informações (e de influências) das tribos digitais segue em frente, hoje e nos dias seguintes.
Não se trata de uma coisa fanática de um grupo de pessoas que adotou internet e essa linguagem de vez. Já existe uma massa populacional enorme nesse ligada nesse circuito. Mesmo que você não tenha assistido (e/ou participado) do debate pode, agora, está recebendo uma mensagem de alguém sobre o que se passou.
Evidente que se o internauta for uma pessoa simpatizante de Dilma estará expondo algumas de suas idéias e pontos de vista. Se forem de Serra e de Marina as mensagens serão nessa direção, de elogios aos seus candidatos. Há, ainda, as mensagens que você pode estar recebendo desqualificando um dos candidatos.
O maketing viral nessa época das campanhas é intenso. Mas, perceptível ao menor cuidado o que é verdadeiro e o que falso ou fantasioso.
A rede mãe (o debate em si) se desdobra vários filhotes via twitteres, páginas eletrônicas, e-mails, MSN, Orkut e outros e de imbrica com a rede analógica com uma inter-influência no vai e vem da informação e da contra-informação. E essa discussão (dos debates e outros) acaba na família, na escola, na mesa do bar, no barbeiro e assim por diante. Gira sem parar.
Aqui na Bahia não há sinais de que teremos um debate com os candidatos a governador na Web. Falta-nos um portal de maior dimensão, embora, A Tarde, que é a maior empresa jornalística de impressos pudesse estabelecer um pool com a Rede Bahia, em interatividade com a Rádio Sociedade, Rádio Piatã e outras, e organizar um encontro dessa natureza. Seria fantástico.
É provável que, a essa altura da campanha, faltando 40 dias para o pleito, não dê mais tempo para isso. E também é preciso saber se essas empresas na Bahia provinciana se unirão em torno de um objetivo comum. Nunca acontece.
O certo é que, a era digital chegou pra valer e já atinge um número considerável de pessoas. Num estado como a Bahia, com quase 10 milhões de eleitores, se esse universo chegar a 10% ou 20% desse total já é um número bastante expressivo.