É preciso dar respostas nas áreas da saúde e segurança, especialmente
A pesquisa Vox Populi divulgada pela Band Bahia tem várias interpretações. Uma delas é de que o governo Wagner precisa melhorar seu desempenho administrativo para ser favorito à reeleição. A proposição apresentada pelo governador durante o último Congresso do PT situando que dará relevância ao debate político, aos valores da democracia e do diálogo, a nova forma de governar o Estado, pode até ser relevante. Mas, aos olhos da população, uma vez que o "algoz", o "tirano", isso na ótica do PT e seus tradicionais aliados PCdoB e PSB já não se encontra neste mundo, a eleição vai girar em outra esfera, outro diapasão.
Ou seja, o que valeu e muito em 2006, a mudança do modelo político, vale menos em 2010. Teria, assim, um peso muito menor para sensibilizar o eleitorado. Sobretudo porque, o PT ao chegar ao topo do governo, com a eleição de Wagner passou à condição de motor do processo, de impulsionador do desenvolvimento respaldado nessa nova matriz de governar descrita pelo chefe do executivo, mas a população não estaria enxergando esses avanços de acordo com a pontuação estabelecida pela pesquisa, em 41%.
Não representa um número baixo. Assustador. Mas, tampouco é confortável e animador à militância que esperava mais. E também as hostes governamentais que fazem o que podem para melhorar o desempemho administrativo, de gestão do Estado, ainda que o governador considere isso uma ferramenta acessória, dado que, o valor transcendental está no projeto político, na sua dimensão, na sua grandeza, espelhado no modelo do presidente Lula.
Evidente, no entanto, que uma coisa está casada com a outra. O modelo político pode ser bom, como de fato está acontecendo com o presidente Lula, o qual, impulsionou a candidatura Dilma Rousseff a patamares extraordinários, até surpeendentes para meados da pré-campanha, porém, o mesmo não está acontecendo com Wagner. O seu governo precisaria se apresentar, a essa altura dos acontecimentos, com um patamar superior a 50%. Veja que o bloco da oposição, dados do Vox, somam 42%, número superior ao de Wagner.
Isso significa dizer que a população está acolhendo as críticas sobre o desempenho do governo. Observem que a margem dos que não sabem em quem vão votar, na estimulada, a esse momento da pré-campanha (8 a 10 de maio, em 13%) é um número expressivo, mas, pequeno. Pode migrar, em parte, para o governador e; de outra parte, para a oposição porque se estreitou a margem de vitória de Wagner no primeiro turno, e o eleitor fica mais atento, mais analista do processo.
Além do que, como Souto se mantém num patamar acima de três dígitos ainda na fase da pré-campanha, também surpreendente para um candidato de oposição que foi derrotado, em 2006, no primeiro turno, a essa época daquele ano com performance em pesquisas acima de 55%, tem, em tese, um eleitorado a reconquistar, ainda num nível superior a 20%. Se conseguir amealhar esse rebanho que um dia se desgarrou de sua liderança e de ACM, pode até vencer o pleito no primeiro turno. Que ninguém duvide disso.
Aqui do meu palanque, sem votos, Geddel minando a candidatura Wagner como pode, o PT perdendo tempo em debates internos e Souto no modelo bossa nova JK na TV, com apoio de Serra, o camarada Wagner deve abrir bem os olhos, agora, pedir ajuda ao comandante Lula, antes que seja tarde.