As chapas ao Senado estão praticamente formadas
Estão praticamente definidos os candidatos ao Senado nas próximas eleições. Os deputados federais Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB) devem integrar a chapa Jaques Wagner (PT); José Ronaldo de Carvalho e o senador ACM Jr, ambos do DEM, a chapa Paulo Souto (DEM); senador César Borges (PR) e vice-prefeito Edvaldo Brito (PTB), a chapa Geddel Vieira Lima (PMDB); e deputado Edson Duarte, a chapa Luiz Bassuma (PV). O PSOL, da candidatura Marcos Mendes, ainda não definiu o nome ao Senado. Hilton será candidato a deputado.
A dúvida ainda persiste em relação ao senador ACM Jr. Mas, é provável que o senador Sérgio Guerra, PSDB, o convença em nome de Serra. ACM Jr estaria pronto à missão e quer. Mas, tem o veto do filho, ACM Neto, o qual, teme que, numa provável derrota atrapalhe seu projeto político futuro. O que é uma presunção boba porque cada eleição tem sua própria história e não seria fato dessa natureza que impediria avanços futuros de Neto. É jovem, está bem situado nas pesquisas como liderança do futuro para a Bahia e tem perspectivas à frente, independente disso.
Também a deputada Lídice da Mata não deve temer à candidatura Pinheiro. Pelo contrário. Um candidato mais forte na chapa é melhor para ela porque o voto é casado e Wagner não vai subir no palanque e dizer que Pinheiro é seu candidato ao Senado, sem citar Lídice. Isso não existe. Wagner falará o seguinte: - Aqui estão meus candidatos ao Senado e vai erguer os braços dos dois.
Evidente que, cada pleito tem sua caminhada. Essa conversa de que governador puxa o senador é real, porém, os candidatos têm que fazer suas partes. Só na eleição de 1986 Waldir conseguiu puxar os dois candidatos ao Senado, Ruy Bacelar e Jutahy Maglhães, de ponta-a-ponta, porque começou a campanha em abril de 1986 com 74% de aprovação no Ibope e terminou com 75% em novembro. Outro caso: até hoje se discute a validade da eleição de Waldeck Ornelas, em 1994, contra Waldir, com resultado apertadíssimo e sinais de vitória no tapetão. ACM puxou Ornelas.
João Durval, em 2006, foi puxado por Wagner? Sim. Durval, no entanto, era um nome conhecido no interior com muitos serviços prestados. E obras também. Uma mão lavou a outra. Um ajudou o outro. É só lembrar às milhares de nomeações de Durval no seu governo, bons salários aos servidores estaduais e assim por diante. Gratidão guardada no peito, na família. Reacendeu a chama, Durval pegou.
Vamos ter, em 2010, as eleições mais disputadas na história da Bahia para o Senado. No puxa-puxa, Wagner é o favorito, hoje, mas, não tem os 74% de Waldir. Está com 43%. Souto e Geddel estão mais distantes dele, somando, juntos, algo como 35%. A campanha propriamente dita sequer começou. César Borges, hoje, segundo as pesquisas, é o favorito ao Senado, e está alinhado com Geddel, o terceiro do ranking. Agora é que César estará conhecendo seus adversários. E César, puxaria Geddel? Eis a questão.
Só lembrando que, em 1962, embora uma coisa não tenha a ver com a outra, a Bahia votou em Lomanto para governador (eleito) e no vice Orlando Moscoso (eleito) que era da outra chapa. Daí que pode haver surpresas na eleição para o Senado.