A violência é uma das questões a serem analisadas. Não a única.
Uma pesquisa recente do DataFolha mostra que somente 1% dos jovens brasileiros está preocupada com as questões relacionadas com a violência. Pela ordem, o que desejam esses jovens é uma boa educação, a segurança de um diploma universitário de preferência, emprego e habitação.
Esse contingente entre o ensino médio, na faixa entre 14 e 17 anos, e os universitários, entre 18 e 24 anos, incluindo o pessoal em cursos técnicos, dessassistidos e outros chega a algo em torno de 54 milhões de almas.
Número considerável. Daí a preocupação da ministra Dilma em relacioná-los em sua fala na pré-indicação de seu nome como candidata a presidente da República (Vide discurso da ministra Dilma na íntegra na Editoria de Política deste site), o governo Lula está antenado com a expansão das escolas técnicas, o mesmo fazendo José Serra, em São Paulo, e assim por diante.
O Programa Minha Casa, Minha Vida entra nesse contexto e a divulgação sistemática da geração de empregos no governo Lula, idem-idem. Veja que, em algumas regiões do estado estão faltando tijolos devido a demanda e mão-de-obra qualificada em pedreiros e carpinteiros.
Wagner segue nessa ponga e deu o maior destaque abrindo sua fala na Assembleia Legislativa, na reabertura dos trabalhos daquela Casa, recentemente, a geração de 14.000 novos empregos com carteira assinada no Estado, somente em janeiro último, e um acumulado de 170.000 nos seus três anos de governo.
Além do que, também fala muito nos programas habitacionais e não se furta a ir ao interior inaugurar lotes de 50 a 70 casas, os quais, somados dão um número expressivo no total. Nem também faz corpo mole (usa a expressão comer sal e poeira) para inaugurar um chafariz do Água para Todos num distrito municipal.
Faço esses comentários porque a oposição a gner, tanto Paulo Souto; quanto Geddel Vieira Lima, este menos do que o outro, têm centralizado suas baterias contra o governo Wagner na área da Segurança Pública, a crescente onda de violência que tomou conta do Estado nos últimos tempos fruto de uma série de fatores estruturais e da pobreza em oportunidades de negócios que é a Bahia, com seu território em vasta área da pobreza do semi-árido brasis.
Ora, faz sentido essas críticas, mas, estão se tornando uma espécie de tecla única dissociada dessa realidade dos jovens e também da nova classe média C que se instalou no país, a partir da globalização, estabilidade econômica Itamar/FHC/Lula, e que também está focada nessa mesma direção dos jovens, de uma aspiração na melhor qualidade de vida, ascensão social, empreendedorismo e por aí vai.
Daí que, na perspectiva da contemporaneidade, me parece que o governador (até porque pode executar obras e serviços) está melhor situado do que os seus concorrentes. Pode ser que essa tecla em do-ré-mi da violência funcione, mas, tenhos minhas dúvidas.
Outra coisa: criticar o gasto com a propaganda governamental é uma bobagem porque se trata de uma rubrica, assim como são as verbas para saúde, educação, segurança, etc, e, desde que me entendo como jornalista (lá se vão mais de 40 anos) todo governo é igual em matéria desse tipo de gasto.