A novela senador Cesar Borges estaria chegando ao fim. O que se diz é que vai mesmo compor com a chapa Wagner observando-se que seu partido, o PR, faz parte da base do governo. César fez toda sua vida política mais importante amparado no carlismo, apoio irrestrito de ACM, mas, é de se dizer que a Bahia vive novos tempos e o passado pode ser apagado com uma borracha e fica por isso mesmo.

   Não é bem assim. O eleitor está atento a esse tipo de manobra e João Henrique, só para lembrar a campanha de 2008, em Salvador, fez um estrago enorme em Walter Pinheiro ao taxá-lo de traidor, ele e o PT, por tê-lo abandonando aos 45 minutos do segundo tempo, depois de participarem do seu governo.

   Nunca se sabe o que poderá acontecer e não convém fazer pré-julgamentos. Segundo Lauro Jardim, aos mais próximos, ACM Neto admite que Geddel Vieira Lima tem que ser candidato ao governo da Bahia. Só assim, com três candidatos, o democrata Paulo Souto tem alguma chance. Se forem só dois candidatos, Jaques Wagner fica mais quatro anos onde está.
  
   Para ACM Neto, para preservar o carlismo (ou o que restou dele) Borges tem que ser candidato ao Senado numa aliança com o DEM. Se não for, Neto teme uma debandada geral das bases. A um interlocutor, Neto foi claro:

- Sabe o que os prefeitos do interior vão dizer? Se até o Cesar Borges abandonou o carlismo, porque eu não posso?


   Juntanto-se César Borges e Otto Alencar na mesma chapa com Wagner ai meu irmão é que vai ser debandada.