Colunistas / Política
Tasso Franco

A NOVA MISSÃO DE WALTER PINHEIRO

Pinheiro vai participar do planejamento e também executar
14/03/2009 às 19:21

  O que já vinha se falando nos bastidores da política, com maior intensidade a partir da última visita do governador Wagner a Brasília, aconteceu nesta sexta-feira, 13, para muitos e no imaginário popular brasileiro o "Dia da Sorte"; para outros, o dia de temor ao gato preto e não passar sob escadas, com o anúncio oficial da nomeação do deputado federal Walter Pinheiro (PT), para a pasta do Planejamento, em substituição a Ronald Lobato.

   A nomeação de Pinheiro deve sair neste final de semana, no Diário Oficial, e ele começa a trabalhar, imediatamente, havendo uma transmissão de cargo a partir do retorno da viagem do governador a Venezuela, na quarta-feira, 18, pela manhã. Essa é a terceira alteração no primeiro escalão do governo, desde a substituição, ano passado, do secretário da Agricultura Geraldo Simões, pelo deputado Roberto Muniz, do PP; e de Paulo Bezerra, da SSP, por César Nunes.

   O governo admite novas mudanças. Dia 19, estará em Salvador o ministro Carlos Luppi, do Trabalho e presidenre nacional do PDT, para tratar de uma aliança mais consistente com o governo baiano, assunto já conversado pelo secretário das Relações Institucionais, Rui Costa, em Brasília, com o ministro. Sugere-se, portanto, que o PDT poderá ocupar um cargo no primeiro escalão do governo.

   Uma terceira conversa, essa de bastidores, até antiga, seria uma mudança na Comunicação com o deslocamento de Robison Almeida para uma pasta hoje ocupada por um representante do PMDB. Neste caso, se concretizada, os nomes para a Comunicação, já citados em outras oportunidades, seriam Emiliano José e/ou o radialista Ernesto, na atualidade, o assessor de imprensa do governador.  

   Voltando a Pinheiro, qual seria sua missão no governo? Hoje, conversei com o deputado e ele disse-me que terá o papel de planejador (como a própria pasta enseja) e articulador na gestão, tanto no plano administrativo; quanto no político. Pinheiro tem trânsito fácil nos Ministérios em Brasília, e isso facilitaria a gestão administrativa, na formulação e execução de projetos; e nas bancadas estadual e federal, o que reforçaria esse meio de campo.

   Na Assembléia Legislativa (e esse não é o entendimento de Pinheiro e sim do colunista), as relações do governo com os deputados (gestões política e administrativa) são frágeis. A base governista (40 deputados) está sempre a reboque da Oposição. Então, digamos assim, essa seria também uma missão de Pinheiro, obviamente, sem retirar o poder de Rui Costa, o qual, vive atolado de trabalho em relações institucionais.

   Planejamento executa? Essa é a pergunta que se tem feito nos bastidores da ALBA. Sim. É só lembrar da época de ACM, com Waldeck Ornelas e Luis Carreira. Não diria que Pinheiro venha adotar o estilo de nenhum dos dois. Mas, vai entrar em campo em esse viés, evidentemente, carimbando o seu modelo de gestão.