Os principais líderes baianos se movimentam visando a sucessão 2010
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Wagner e Lula; Kassab e Souto; Geddel e João. Todos em campo para início da peleja 2010. |
A sucessão 2010 faz um movimento interessante nesta segunda-feira, 15, com as presenças do presidente Lula da Silva ao lado do governador Jaques Wagner, para inaugurar o Complexo Viário 2 de Julho, e do prefeito eleito de São Paulo, Gilberto Kassab ao lado do ex-governador Paulo Souto, para fazer uma palestra no Sofitel 4 Rodas e depois inaugurar obras em Feira de Santana, base do Democratas.
O prefeito João Henrique, PMDB, já anunciou conforme o Bahia Já deu em primeira mão no último dia 12, que vai ao encontro com Gilberto Kassab/Paulo Souto e ainda levará sua esposa, deputada Maria Luiza, sem partido. O prefeito não seguirá com Kassab e Souto à Feira e deve participar do evento na capital, às 19h, com Lula e Wagner.
O ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, certamente também estará na inauguração do Complexo Viário 2 de Julho. Nessa movimentação, também midiática, Geddel deu uma entrevista em páginas amarelas de Veja que circulou neste final de semana situando que o "O PMDB não é o PT", destacando que seu partido não apunhalará Lula "mas é ilusão achar que vai apoiar um petista em 2010, 2014 e 2018. Há setores que não querem a aliança".
Ou seja, nessa "guerra" midiática da segunda, Geddel ocupou seu espaço na cunha entre Souto e Wagner, pois, sua entrevista repercutirá exatamente amanhã, data dessa movimentação política. Como a Veja circula no eixo do poder político principal (Brasília/SP/Rio e Minas Gerais) desde a última sexta-feira, à noite, a entrevista de Geddel repercute lá e cá.
Geddel se posicionou como líder nacional do PMDB, deu opiniões fortes em relação ao seu partido e o PT, no plano nacional, e falou também para a Bahia. Neste caso, confirmou o que todo mundo no meio político já sabe, que será candidato a governador da Bahia, em 2010. Ou seja, Lula chega a Bahia nesta segunda-feira sabendo que o PMDB não dará apoio incondicional a sua candidata a presidente, em 2010, e que o ministro Geddel disputará o governo contra Wagner.
Não há meias palavras com Geddel. E é óbvio que Wagner sabe disso. A questão é saber até quando vão continuar convivendo em "harmonia", no plano regional, diante da forte pressão do PT local para que haja um rompimento com Geddel.
No encontro Kassab/Souto participarão o presidente nacional do Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), o presidente estadual do DEM, ex-governador Paulo Souto, e o líder do partido na Câmara, deputado ACM Neto, e o vice-líder deputado José Carlos Aleluia, entre outros deputados federais e estaduais.
Mas, o foco de Kassab é outro. O prefeito eleito de São Paulo trabalha para consolidar a aliança DEM/PSDB visando apoiar o governador de SP, José Serra (PSDB), como candidato à Presidência da República. Aliança, aliás, que pode ser mais ampla: DEM/PMDB/PSDB e o próprio ministro Geddel disse em Veja que, no Brasil, hoje, só existem duas lideranças nacionais: Lula e Serra.
Ademais, a presença de João Henrique, a jóia da coroa peemedebista do encotro Kassab/Souto não acontece por acaso. Esses movimentos políticos de grande recpercussão só são feitos depois de consultas e análises a lideranças superiores. E, Joáo já disse que, sua missão é administrar bem Salvador, e a parte política é feita pelo PMDB/partido.
Daí que, João vai ao encontro Kassab/Souto com o aval de Geddel. Já a presença do deputado João Almeida (PSDB), no mesmo encontro, sinaliza o que já comentamos neste Bahia Já a possibilidade real de Paulo Souto ingressar no PSDB.
Por tudo isso, essa segunda-feira, 15, por sinal o número da legenda do PMDB, ficará para hirtória da sucessão 2010 como o ponta-pé inicial no jogo dos líderes políticos baianos.