Colunistas / Política
Tasso Franco

AVALIAÇÃO DO GOVERNO WAGNER

Tasso Franco é diretor deste site
17/09/2008 às 12:17
   Passou assim um tanto quanto despercebido dos olhos da política, a avaliação de desempenho do governo Wagner, posta hoje pelo Correio com dados do Ibope, no bojo da última pesquisa de avaliação para prefeito de Salvador.

  Os números na capital, até onde foram divulgadas avaliações nesse sentido, são animadores em relação ao último Vox Populi/A Tarde de 19 de julho último, quando Wagner tinha 22% de ótimo/bom e agora passou para 37%.

  O Ibope revela que Wagner oteve 6% de ótimo, 31% de bom, 42% de regular, 13% de ruim e 5% de péssimo. Houve, portanto, em relação a Vox Populi/A Tarde, um avanço significativo, embora o governador ainda esteja abaixo da média, pelo menos na capital.

  Sabe-se, nos bastidores da política, que a administração Wagner está melhor avaliada no interior do que na capital, pesquisa que também vem sendo feita pela Vox Populi, instituto que monitora Wagner desde a época da eleição, em 2006.

   Pena que a Vox Populi/A Tarde, nas duas pesquisas que divulgou dias 9/8 e 6/9 não tivesse revelado o desempenho da administração estadual, para que tivessemos uma idéia desse crescimento, ao longo da campanha eleitoral.

   De toda sorte, com base nos dados do Ibope, vê-se que a população da capital passou a avaliar o governo Wagner com um olhar mais positivo, certamente diante de uma melhor mobilidade do seu governo, nos setores da infra-estrutura, ações da Conder, e nas áreas da educação e da geração de empregos.

  À parte, a Segurança, ainda está em processo. Assim, como a saúde. Segmentos que se o governo melhorar vai lhe render mais uns pontinhos percentuais.

  No geral, houve uma melhora em todos os setores, ainda tímida diante da expectativa de que seria o governo Wagner, mas, um salto positivo. 

  Não se pode comparar os indicadores do governo Wagner (37%) com os do governo Lula (64%), diante das circunstâncias de cada qual, mas, essa é a exigência que a população faz uma vez que a casadinha lançada durante a campanha perdura até os dias atuais e fica difícil, na cabeça das pessoas, dissociar um do outro.

  Além disso, com pontuação dessa natureza, Wagner ainda se situa no pelotão intermediário entre os governadores dos Estados, aí pela 6ª ou 7ª posição entre os 10/12 avaliados pelo DataFolha.

  Há, portanto, campo para crescer e diga-se de passagem, a campanha de Pinheiro a prefeito ajudou nesse sentido. Foi, aliás, uma ajuda de mão dupla: Pinheiro ajudou Wagner a subir e Wager fez a contra-partida para Pinheiro.

  Esse é um dado novo na campanha e que poderá fazer a diferança no início de outubro, quando acontecerá a eleição. 

  Se Wagner se mantém em curva ascendente e Pinheiro idem-idem, nada melhor numa reta de chegada.