O deputado Gedel Vieira Lima ficou mais competitivo depois de ser nomeado ministro.
A recente nomeação do deputado Gedel Vieira Lima (PMDB) para integrar o ministério do presidente Lula da Silva (PT) neste segundo mandato, na cobiçada pasta da Integração Nacional, abre uma nova perspectiva para que este seja candidato a governador da Bahia, em 2010, com possibilidade de êxito.
Está intra-muros, inviolável, a conversa que o deputado teve com Jacques Wagner (PT) e o posterior aval que o governador deu para que o peemedebista assumisse essa nova função, sem o qual, Gedel não teria sido ministro ainda que seu partido, hoje, base forte de sustentação do governo, o tivesse indicado.
Wagner foi fundamental para Gedel ser ministro e proporcionar um cheque-mate na candidatura de Nelson Jobim, então concorrente com Michel Temer à presidência do partido.
O governador certamente tem suas cartas na manga para usá-las adiante, quer com trunfo para fortalecer o seu partido (PT) na Bahia, atualmente, sorumbático, vendo fantasmas à sua frente; quer mantendo esse apoio incondicional a Gedel e contribuindo para sua eleição à governador, em 2010.
Como se sabe, Wagner é, na atualidade, a estrela mais radiante do PT em nível nacional, testado nas urnas, bom negociador, ex-ministro, figura que já se faz conhecer, nacionalmente, e, portanto, tem todas as credenciais para ser o candidato à Presidência da República, também em 2010, abrindo, assim, a porteira defintiva para Gedel na Bahia e se tornando nome competitivo no cenário nacional.
A rigor, Gedel presica de Wagner na Bahia; e Wagner precisa de Gedel (leia-se PMDB) no Brasil. Foi com essas persoectiva que Wagner concedeu o beneplácito à Gedel, respeitando os seus companheiros tradicionais do PT baianao, mas, sobretudo, levando em consideração que faz parte de uma engrenagem nacional e, em sendo amigo do presidente Lula teria, em tese, a obrigação de contribuir para a governabilidade.
E esta governabilidade, no momento, se chama o PMDB de Michel Temer, de Gedel Vieira Lima, Eunício Oliveira, Reinhold Sthepanes e outros.
Daí que, apesar dos petistas históricos na Bahia estarem vendo fantasmas, na atualiade, o que é compreensível e repugnante, porque a história tem seu valor e não pode ser apagada de uma hora para outra, não pode ser maculada, o peso de Gedel e do seu partido são mais importantes nesse momento. Política, a rigor, não é uma linha reta.
O que poderá acontecer adiante ninguém tem o condão mágico de saber, mas, a julgar pelo comportamento também histórico de Gedel, sua impetuosidade, sua maneira de atuar, o político peemedebista vai avançar em campos nunca antes penetrados e alicerçar sua candidatura a governador, quer o PT histórico torça o nariz ou não.
Para Gedel, e quem conhece seu temperamente sabe disso, não vão adiantar muxoxos, ainda que, o atual ministro sabe que deverá trafegar com cautela para que essas susceptibilidades não aflorem com muita nitidez e venha atrapalhar seus planos, adiante, definitivamente.
Seria o caso, hoje, de permitir o ingresso do prefeito João Henrique, no PMDB, que representaria o enterro do PT na capital.
O PT baianao, de sua parte, também não vai partir para o ataque e criticar Gedel porque tem sob seu comando um presidente de partido, o qual, embora não seja conciliador, tem compromissos com o governo Wagner.
E, uma coisa está atrelada a outra, na medida em que o PMDB também faz parte do governo, tem um vice-governador nos calcanhares de Wagner, e a convivência pacífica - mesmo com a cara feia de alguns - é o melhor caminho. Gedel sabe disso, é um político experiente, já trafegou no ninho dos tucanos com invulgar competência política e se supõe que fará o mesmo no ninho dos trabalhadores.
Ademais, ocupa um ministério forte, com abundantes recursos financeiros, vai tocar um dos mais polêmicos projetos do governo Lula da Salva - a transposição do Rio São Francisco - que tem prós e contras, mas, uma extraordinária vitrinidade de visibilidade. Se triunfar administrativamente estará com meio caminho andando e bem alicerçado.
Assim, Gedel vai pavimentar sua candidatura a governador da Bahia, em 2010, com poder real de competitividade e de vitória.
Evidente, também, que a oposição não ficará vendo o vapor do São Francisco trafegar em águas mansas e vai atuar no sentido de detonar Gedel.
A guerra, portanto, está só começando, mas, desde a última sexta-feira, com esse novo ingrediante: um ministro de Integração Nacional com poder, dinheiro em caixa e apoio político do governador do Estado.