Amanhã (20) será o dia de Salvador conhecer de perto a banda As Bahias e a Cozinha Mineira, mais nova revelação do movimento que tem feito da música o palco mais cobiçado para discutir questões de gênero com ritmo, performances surpreendentes e muito talento musical. E o grupo vai além: tendo à frente duas cantoras transexuais, propõe um debate acerca da posição das mulheres – sobretudo das negras, das pobres, das indígenas e das transexuais – em nossa sociedade. O show será na Praça Tereza Batista, a partir das 20h.
É por aqui, com um show cheio de energia e com performances como há temposnão se via na MPB, que o grupo começa turnê do álbum Mulher, que chegou aos ouvidos dos fãs no último mês de novembro e teve sua primeira apresentação homônima no dia 18 de março, em São Paulo. O show em Salvador ganhou o apoio do GGB (Grupo Gay da Bahia) e vai contar com participações, como a da já confirmada cantora Larissa Luz. O burburinho já vai começar na abertura da noite, a cargo da performance de arte drag Cabaré Feshaação, com as drag queens Melanie Mason, Alehandra Dellavega e Rainha Loulou.
As releituras dos clássicos de Gal Costa, Caetano Veloso e Dorival Caymmi, o protagonismo dos figurinos, a preparação corporal, a iluminação e toda a perfeição técnica fazem do show uma experiência única, envolvendo o espectador em um ambiente cheio de personalidade. A chegada à capital baiana, pela primeira vez, inspirou uma apresentação especial, em que o grupo mescla o repertório do showMulher com a levada dancing do espetáculo A Festa do Disco. O certo é que As Bahias, Raquel Virgínia e Assucena Assucena, têm um verdadeiro caso de amor com a cidade.
Assucena é natural de Vitória da Conquista e Raquel, paulista, morou e estudou em Salvador. “Nos conhecemos em um encontro de estudantes na USP, em São Paulo. Raquel e eu nos entendemos no primeiro instante. E muito dessa identificação devemos a nossa paixão pela cultura baiana”, conta Assucena.
“Hoje, onde eu chego, me reconhecem pelo cabelo rasta, referência a minha negritude. Estar em Salvador, como artista, e apresentar nosso show é uma consagração pessoal. É lindo iniciarmos um projeto tão importante pra gente na cidade que tanto amamos”, diz Raquel.
A relação de intimidade de As Bahias e a Cozinha Mineira com Salvador também está representada na música feita em homenagem a Mãe Menininha do Gantois. “A beco me leva, pro pouso do sem medo, belo voar, o pandeiro nesse instante, eterno carinho de música”, diz a letra da canção.
As Bahias e a Cozinha Mineira se completa com o mineiro Rafael Acerbi (arranjador e guitarrista) – responsável pela “cozinha mineira” do nome do grupo - Rob Ashtoffen (baixista) Carlos Eduardo Samuel (tecladista), Vitor Coimbra (baterista) e Danilo Moura (percussionista).
Ingressos - Após Liniker e Os Caramelows e Johny Hooker, este será o terceiro show que traz ao palco do Largo Tereza Batista o debate sobre a questão de gênero, com a assinatura das produtoras baianas Inspire Music e Ruffo. Para reverenciar o público que lotou os dois primeiros eventos, foi criado o Ingresso Especial, que será vendido automaticamente com desconto, no valor de R$ 25, pela plataforma Sympla de vendas online. Os valores formais dos ingressos para As Bahias e a Cozinha Mineira são R$ 40 e R$ 20.
Outra novidade do evento é a Meia-Social. Essa opção dá direto a comprar o ingresso por R$ 20 com entrada liberada mediante doação de 1kg de alimento não-perecível. A instituição a ser beneficiada será o Centro Baiano AntiAIDS, indicada pelo GGB.
SERVIÇO:
As Bahias e a Cozinha Mineira
Data: 20/5 (sexta-feira)
Local: Largo Tereza Batista - Pelourinho
Horário: 20h
Ingressos: Lote 01 - INTEIRA: R$40 /Lote 01 - MEIA-ENTRADA: R$20 (mediante a apresentação de comprovante de direito à meia-entrada)/ Lote 01 - MEIA SOCIAL (LIMITADO): R$20 (mediante a doação de 1kg de alimento não perecível) / Lote 01 - INGRESSO ESPECIAL: R$25*