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PREFEITURA sinaliza que 4º circuito para o Carnaval nem pensar nisso

Ideia foi defendida durante "Panorama Carnaval" no teatro Jorge Amado
ASCOM CT , Salvador | 16/05/2013 às 15:10
Debates promovidos pela Câmara, hoje, com mediação do vereador Claudio Tinoco
Foto: BJÁ
A necessidade de criar novos espaços para o carnaval de Salvador foi defendida pelos três debatedores do primeiro debate do dia, na manhã desta quinta-feira (16), no Teatro Jorge Amado (Pituba). O painel "Espaço público: novas opções para o carnaval de rua" foi mediado pelo vereador Claudio Tinoco (DEM) e contou com as presenças do presidente da Associação Brasileira de Entretenimento da Bahia (Abre-BA), Ricardo Lélis; da diretora de Eventos da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Eliana Dumet; e do radialista e ex-coordenador do carnaval, Cristóvão Rodrigues.
 
Eliana concorda que a folia momesca precisa de passar por renovações, necessita de mais espaços, porém não necessariamente a criação de novos circuitos. Apesar de não poder ainda divulgar o conteúdo do projeto que vem sendo elaborado pelo Grupo de Trabalho formado já na quarta-feira de Cinzas, a diretora da Saltur deu algumas pistas. Uma delas seria o fortalecimento das manifestações culturais já existentes em vários bairros da cidade no período da folia, além de implantar o modelo de captação de recursos da iniciativa privada para realização de eventos em Salvador, sem custo para a prefeitura, o ano todo.

"O carnaval de Salvador é um case de sucesso mundial. Temos que propor erros novos. Vamos lançar chamamentos para o cadastro de entidades que queiram se apresentar, mas elas precisam se regulamentar. A proposta da Saltur é considerar pré-carnaval o ano todo e não apenas eventos de outubro a março. Vamos agregar espaço, tecnologia. Vais ser lançado o caderno de encargos e esperamos que a iniciativa privada abrace e invista", anunciou Dumet. "Temos que ouvir o que o povo, os foliões querem. O carnaval sempre foi assim, as mudanças sempre aconteceram pela vontade espontânea do povo", completou Cristóvão.

Ricardo acredita que nada vai mudar no carnaval se não passar por um planejamento estratégico de novos espaços e afirma que a ideia do Afródromo não é a segregação, mas uma segmentação. "Como fazer gestão de novos espaços? O poder público precisa reconhecer que não tem capacidade estrutural e financeira para fazer isso. Ao invés de travar o processo, ele deve estimular a iniciativa privada a fazer, como já acontece no Rio. Segregação não é a mesma coisa de segmentação, como é a ideia do Afródromo. Precisamos acabar com este discurso de que tudo é segregação, ao contrário, é segmentação".