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PORTELA APRESENTA LOGO COM IGREJA DO BONFIM E AZUL E BRANCO DA ESCOLA

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| 15/01/2012 às 21:13
Logo da Portela traz a igreja do Senhor do Bonfim ao fundo e uma deusa Yemanjá
Foto: Paulo Mendes

  Com o  enredo: "... E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual", a Portela apresentou a logomarca do carnaval 2012.

  Na ilustração criada pelo carnavalesco Paulo Menezes, no tema que remete às festas da Bahia, o azul e branco da escola de Oswaldo Cruz e  Madureira imperam e os principais elementos da região também receberam um grande destaque.


  Um dos exemplos na imagem criada pelo artista, foi o  nome da escola que está sendo  representado pelas famosas fitas coloridas do Senhor do Bonfim.


"Segundo Paulo Menezes, a inspiração na criação da marca foi nas festas da Bahia, nos orixás, no sincretismo", como manda o enredo- disse o artista.


A Portela  será à segunda escola a desfilar na Marquês de Sapucaí, no domingo de carnaval , 19 de Fevereiro  Presidente:
Nilo Mendes Figueiredo
Coordenadores
de Carnaval: Alex Fab e Junior Escafura

Carnavalesco:
Paulo Menezes

Diretor
de Harmonia: Marcelo Jacob


"...E
o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual..."


Pequena Prece ao Senhor do Bonfim.

Salve, meu Pai Oxalá, Meu Senhor do Bonfim!

Senhor
do branco, pai da luz.

Força divina do amor...

Epa Babá!
Meu
pai, "... sou filha de Angola, de Ketu e
Nagô

Não sou de brincadeira
Canto pelos sete cantos
Não temo quebrantos
Porque eu sou guerreira
Dentro do samba eu nasci,
Me criei, me converti


E ninguém vai tombar a minha bandeira."

E venho a ti pedir sua benção e proteção, e pedir,
também, licença aos meus padroeiros, para conduzir a minha águia altaneira, o
meu altar do samba, até a sua presença.

Sabe, meu senhor, sempre fomos muito festeiros,
muito devotos, e gostaria muito que o meu povo conhecesse o seu povo e a sua
maneira de festejar, de reverenciar a sua crença, a sua fé.

Por muitas vezes cantei a Bahia, agora chegou a
hora de mostrá-la.

"... essa Bahia gostosa

Cheia de encanto e feitiço

Que deixa a gente dengosa

E a gente nem dá por isso"

Bahia que tem o dom de encantar.

Terra em que o branco e o negro, o sagrado e o
profano, o afro e o barroco se misturam e se tornam uma coisa só. No mar da
Bahia, tudo e todos se misturam.

Bahia de vários corações...  sagrados corações.

Terra de cores, cheiros e temperos.

Terra de festas e de fé, de santos e orixás.

Terra de samba.

Terra de amor e devoção.

A Bahia é festa o ano todo e o povo vai pra rua
manifestar a sua fé.

"... E esse canto bonito que vem da alvorada."

Alvoradas, missas, procissões, afinal "quem tem fé
vai a pé".

Novenas, flores, fitas, águas e perfumes.

Cortejos, fiéis e cânticos.

Velas, orações e adoração.

Gente que dança!

Tambores e atabaques, samba de roda, batucadas.

Comidas, pois festa sem comida não é na Bahia.
Gente que canta!

Canta pro santo, canta pro orixá. Canta para os
dois ao mesmo tempo. É o sincretismo se fazendo presente.

Louva a alegria, a liberdade, a esperança.

Gente que pula!

Pula como pipoca, como cordeiro, em blocos e trios.
Transforma as ruas em um mar branco, de paz.

Mar branco, mar vermelho, mar azul. Bahia é feita
de mar, é feita de água.

Gente que louva!

Beatos, filhos-de-santo, padres, mães-de-santo,
fiéis e iaôs, todos juntos num mesmo ideal. Deuses e mortais, passado e
presente.

Altares e terreiros, tudo é mistério. As divindades
tão próximas e tão íntimas. O milagre da cumplicidade com o sagrado.

A luz dos orixás refletida nos olhares.

"... Tem um mistério que bate no coração

Força de uma canção que tem o dom de encantar."

É dia de festa na Bahia. Não importa como começou.
Não importa se um dia tudo vai terminar, pois o riso e o gesto já estão
gravados na eternidade, no céu e no mar.

Bem aventurados todos aqueles que puderem ver a
Bahia em festa.

E neste momento, meu Senhor, vejo que tudo aquilo
que move o baiano: a fé, a alegria, a esperança, a crença e a devoção, move
também o meu povo, o portelense.

Um povo que nunca desiste, vive a sorrir e a
festejar.

E que essa Bahia que é de Todos os Santos, seja a
partir de então dos santos da Portela também, que eles passem a fazer parte do
seu panteão, estendendo sobre eles o seu divino manto e nos conduza a um
desfile triunfal sobre o altar do carnaval.

Bem aventurados aqueles que puderem ver a Portela
em festa.

Afinal,

Sou Clara,

Sou Portela,

Sou Guerreiros,

Sou Amor!

Salve o manto azul e branco.


Amém!

Paulo Menezes

Enredo: Paulo Menezes e Marquinhos de Oswaldo Cruz