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CARNAVAL DE SALVADOR TERÁ TRÊS CIRCUITOS OFICIAIS E OS ALTERNATIVOS

VIDE
| 11/10/2011 às 07:27

O modelo de governança, a dimensão do carnaval de Salvador, o planejamento para a festa momesca de 2012 e as oportunidades que a maior festa de rua do mundo oferecem a partir da grande movimentação econômica e do consumo excedente de bens e serviços gerados no período. Estes foram os quatro pontos principais compartilhados pela Prefeitura de Salvador com entidades carnavalescas, do poder público e representantes da sociedade civil carioca durante o seminário "Desenrolando a serpentina", realizado até sábado (8), na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), na cidade do Rio de Janeiro.


Com o tema "A cidade é nossa em fevereiro", o evento se iniciou na sexta-feira (7) e teve como objetivo debater a realização do carnaval de rua em Salvador, Recife/Olinda e Rio. Durante a mesa de debate "Blocos de Rua - Oportunidades", o presidente da Empresa de Salvador Turismo (Saltur), Claudio Tinoco, apresentou algumas ações que o município vem adotando para cada vez mais proporcionar um melhor carnaval para os soteropolitanos e para os turistas.

"Todos os órgãos municipais participam, de forma integrada, na operação do evento para que seja disponibilizada uma infraestrutura e um leque de serviços  eficientes aos foliões que curtem os sete dias de folia. Como em Salvador, as outras cidades também devem procurar se profissionalizar, formando junto ao poder público municipal, trade turístico e entidades carnavalescas leis específicas que regulamentem os deveres e poderes de cada ente envolvido".

Segundo Tinoco, deve-se desconstuir essa imagem de que carnaval só existe pela venda de abadás e blocos de corda. "Em Salvador, temos três circuitos oficiais (Dodô, Osmar e Batatinha), mas os foliões podem curtir ainda nos espaços alternativos, como palcos do samba, do rock e das orquestras, desfile de fantasias e programação especial infantil, ou nos carnavais de bairros. Portanto, não existe mais essa conversa de que carnaval é só de abadá ou bloco de corda, oferecemos também outras alternativas".


Em sua 4ª edição, o seminário é realizado pela Sebastiana (Associação Independente de Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade do Rio de Janeiro) e conta com o apoio da Rede Globo/Rio e da Secretaria Especial de Turismo (Riotur). Além de Tinoco, participaram do evento os presidentes Luciana Felix, da Fundação de Cultura Cidade do Refife (FCCR), e Antonio Pedro de Mello, da Riotur.


Impactos diretos


O presidente da Saltur também falou sobre os impactos econômico e social e as oportunidades de negócio durante os sete dias de folia em Salvador. "Nenhum outro evento impacta a vida dos soteropolitanos de forma tão significativa quanto o Carnaval. A festa alavanca o turismo com índices de ocupação estimados pela rede hoteleira entre 90% e 100%, na alta estação; movimenta o comércio, serviços e gera mais de 210 mil empregos temporários, um número que corresponde a 7% da população da grande Salvador", explica Tinoco, ressaltando que a "captação pública de recursos privados para Salvador, que passou de R$ 7,5 milhões em 2009 para R$ 15,6 milhões em 2011, tem influenciado positivamente na concorrência e, consequentemente, em ganhos para entidades carnavalescas".

O dirigente apresentou ainda o planejamento do carnaval de 2012, que no próximo ano homenageia o centenário do escritor baiano Jorge Amado e contará com a participação de 458 atrações e entidades carnavalescas. "Nós montamos uma verdadeira cidade do carnaval, mas na rua, por isso empregamos mais de 210 mil trabalhadores para garantir tranqüilidade aos foliões. Em sintonia com as esferas estadual e federal, o trabalho que desenvolvemos na Prefeitura já é considerado como referência nesse tipo de megaevento".