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MANGUEIRA, PORTELA E SALGUEIRO SÃO DESTAQUES DAS ESCOLAS DE SAMBA RIO

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| 24/02/2009 às 09:00
A impressionante criatividade da Escola de Samba Mangueira
Foto: Foto: G1
A última noite do carnaval carioca foi dominada pelas escolas Portela, Mangueira e Salgueiro, segundo enquete realizada com telespectadores da TV Globo. A Portela, que cantou lendas e histórias de amor na avenida, ficou com a nota 9,7, contra 9,5 da Mangueira e 9,4 do Salgueiro.


As outras escolas da noite foram Imperatriz Leopoldinense, Viradouro e Porto da Pedra. A enquete da primeira noite, mais disputada, indicou empate entre Império Serrano, Grande Rio, Mocidade e Beija-Flor, com nota 9,1.


Os desfiles da segunda noite do Grupo Especial ocorreram sem maiores problemas. Nenhuma escola desrespeitou o limite de tempo nos desfiles, apesar de incidentes que atrapalharam a Porto da Pedra. A apuração das escolas de samba do Rio de Janeiro acontece na quarta-feira (25), às 15h.


 Porto da Pedra


Primeira escola a desfilar na segunda noite, a Porto da Pedra enfrentou problemas com o carro abre-alas e cruzou a avenida no limite do tempo permitido: 82 minutos.

Batizado de "Expulsão do paraíso", o carro trouxe Grace Kelly, mais conhecida como Mulher Maçã, em referência à tentação que levou Adão e Eva a cometerem o "pecado original". Durante o desfile, algumas alegorias se separaram do carro, o que pode prejudicar a escola.

Salgueiro

O Salgueiro, vice-campeão de 2008, foi a segunda agremiação a desfilar.


A rainha de bateria da escola, Viviane Araújo, machucou o ombro durante o desfile, mas o incidente não prejudicou seu desempenho.


O tambor foi o instrumento de percussão escolhido para dar nome ao enredo do Salgueiro, a cargo do carnavalesco Renato Lage.

A escola desfilou com uma corte africana na Avenida, entre sacerdotes, rainhas e muitas divindades evocadas pelo som do batuque.


 Imperatriz Leopoldinense


A Imperatriz resgatou as origens do samba carioca em seu desfile.

O enredo "Imperatriz.... só quer mostrar que faz samba também!" foi marcado pela volta do intérprete Paulinho Mocidade, que estava afastado havia alguns anos.


A escola aproveitou os festejos do seu cinquentenário para levar para a Avenida suas origens, histórias e personagens, revivendo com o público desfiles marcantes, que coroaram a comunidade verde-e-branca. Ramos, no subúrbio do Rio,foi o grande homenageado pela escola, sob o comando da carnavalesca Rosa Magalhães.


 Portela

A Portela entrou na avenida à 1h47, em desfile que durou 81 minutos.

Com 39 alas, 7 alegorias e 4.200 componentes, a escola contou na Avenida histórias literalmente apaixonantes.


O principal carro foi o abre-alas, que levou a tão esperada águia da Portela, com cerca de 25 metros de comprimento. 


A rainha de bateria Luma de Oliveira, afastada há três anos da Passarela do Samba, voltou à frente dos ritmistas da Portela. Luma foi rainha de bateria de diversas escolas entre 1987 e 2004.


 Mangueira

Quinta escola a desfilar na última noite do carnaval carioca em 2009, a Mangueira encerrou sua participação retratando a identidade do povo brasileiro. Em 2008, a escola ficou em 10º lugar.

A Mangueira abriu seu desfile representando várias culturas do país. O folclore foi o tema da Comissão de Frente da escola Verde e Rosa, comandada por Janice Botelho. Ela substituiu Carlinhos de Jesus, que esteve na função por 25 anos. 


 Viradouro

A Viradouro entrou com o enredo "Vira-Bahia, pura energia", exaltando o meio ambiente e os combustíveis "verdes", como o biodiesel.


A escola não usou nas fantasias ou no acabamento das alegorias materiais como búzios, palha da costa ou ráfia. A primeira alegoria mostrou o encontro do céu com a terra - ou o Orum com o Ayiê, na linguagem iorubá, como cita o samba-enredo da Viradouro.


A atriz Isabel Filardis e Nana Gouvêa foram alguns dos destaques da escola.