Saúde

IA da Google consegue diagnosticar câncer de próstata

Inteligencia Artificial da Google se chama Gleason
Nara Franco , Rio de Janeiro | 19/11/2018 às 17:38
Inteligencia Artificial do Google consegue diagnosticar câncer de próstata
Foto: div

No artigo "Desenvolvimento e validação de um algoritmo de aprendizagem profunda para melhorar a pontuação de Gleason no câncer de próstata”, o Google revelou que fez progressos no diagnóstico do câncer de próstata com ajuda da inteligência artificial (AI, na sigla em inglês). 

Em um post publicado no blog da companhia, pesquisadores descrevem um sistema que utiliza o chamado escore de Gleason que classifica as células cancerosas com base em quanto elas se assemelham a próstata normal para detectar, então, as células problemáticas em amostras.

Em resumo, ao usar inteligência artificial os pesquisadores buscavam executar a graduação de Gleason objetivamente em um trabalho que tem o potencial de respaldar o trabalho de patologistas.

"Nós desenvolvemos um sistema de aprendizagem profunda (DLS) que espelha o fluxo de trabalho de um patologista, primeiro categorizando cada região em um slide em um padrão de Gleason, com padrões mais baixos correspondendo a tumores que mais se assemelham a próstata normal", escreveram o líder técnico da pesquisa Martin Stumpe e o gerente de produto do Google AI Healthcare, Craig Mermel.

Os resultados obtidos na pesquisa foram promissores. Nos testes, o modelo de AI alcançou uma precisão geral de 70%, superando os 61% alcançados pelos patologistas certificados nos Estados Unidos e que também participaram do estudo. A precisão deve ser melhorada com dados de treinamento adicionais, segundo os pesquisadores.

Esta não é a primeira vez que a AI do Google é aplicada à saúde. No início de 2018, a DeepMind fez uma parceria com o Department of Veterans Affairs para alimentar seus registros médicos com dados de 700 mil veteranos americanos, a fim de prever mudanças em sua saúde que poderiam prevenir o óbito do paciente. A divisão também fez uma parceria com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido para desenvolver um algoritmo que pudesse procurar por sinais precoces de cegueira e para melhorar a detecção do câncer de mama aplicando aprendizado de máquina à mamografia.