Saúde

Tempo de identificação do AVC é determinante para redução de sequelas

No Dia Mundial do AVC, 29 de outubro, especialista atenta para os sinais de alerta
Varjão Comunicação , Salvador | 26/10/2016 às 11:28

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popular “derrame”, é considerado causa principal de incapacidade em brasileiros, e há tempos deixou de ser associado às pessoas acima dos 65 anos de idade. Mais de 15 mil brasileiros entre 15 e 39 anos sofrem um AVC todo ano, segundo o Ministério da Saúde, e, em muitos casos, amargam sequelas irreversíveis por não receberem atendimento médico nas primeiras horas após o incidente, principalmente pela dificuldade em identificar a doença.

“O AVC é caracterizado por um déficit neurológico focal, de início súbito. Os déficits mais comuns são fraqueza, adormecimento ou paralisia da face, braço ou perna de um lado do corpo. Também pode ser caracterizado por alterações na visão (turvação, perda, duplicidade), especialmente de um olho, dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, tontura e desequilíbrio, falta de coordenação no andar e dor de cabeça súbita”, explica o neurologista Artur Souza.

Comum em pessoas acima dos 60 anos, condição requer detecção rápida e cuidados específicos imediatos para aumentar as chances de cura e diminuir eventuais seqüelas. “O sucesso do tratamento do AVC depende muito do tempo. Quanto mais cedo o paciente chega à emergência, maior a chance de sucesso do tratamento. Ao reconhecer os sintomas, o paciente deve imediatamente ser levado para um serviço capacitado para o tratamento do AVC, pelo resgate ou por meios próprios”, orienta o neurologista.

A doença pode atingir qualquer pessoa, independentemente da idade, apesar de ser mais comum em pessoas com mais de 55 anos. Porém, há fatores de risco que aumentam a probabilidade como hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, obesidade, sedentarismo e problemas cardíacos.