Presente em boa parte dos alimentos, o colesterol é popularmente conhecido como o inimigo do coração e, quando acumulado nos vasos sanguíneos, pode provocar infartos, insuficiência cardíaca e "derrames" (AVC ou AVE: acidente vascular encefálico). É certo que o excesso causa malefícios, mas vale lembrar que o colesterol desempenha um importante papel no funcionamento do organismo, auxiliando na regeneração dos tecidos, dos ossos do corpo, na produção de hormônios sexuais e de vitamina D. Para conscientizar a população sobre a importância do controle da gordura no sangue e de uma alimentação equilibrada, no dia 8 de agosto a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) comemora o Dia Nacional do Controle do Colesterol.
Segundo o cardiologista e diretor de Relacionamento com o Mercado do Laboratório Sabin, Anderson Rodrigues, a maioria das pessoas não apresenta sintomas e sinais imediatos das doenças relacionadas ao colesterol, que surgirão apenas quando já estiverem formados os "entupimentos de gordura", a chamada aterosclerose . A rotina de consultas ao cardiologista e ao endocrinologista podem antecipar o diagnóstico do colesterol alterado e de possíveis entupimentos, com consequente tratamento adequado.
“Como todos sabem, a prevenção é sempre o melhor caminho. O ideal é ir, pelo menos uma vez ao ano, ao cardiologista ou endocrinologista ou ao seu clínico de confiança. Mas, em casos de histórico familiar ou indivíduos já portadores de doença cardíaca, podem requerer uma frequência maior de consultas médicas, para um controle mais rigoroso e pleno dos fatores de risco e da saúde como um todo”, explica o especialista.
De acordo o Ministério da Saúde, aproximadamente 40% da população brasileira possui colesterol alto e doenças associadas a esse problema, como infarto e AVE, apontadas, pela OMS, como as principais causas de morte no mundo.
Complementando o acompanhamento médico, o cardiologista, Anderson Rodrigues, recomenda fazer exames, regularmente, para avaliar os níveis de PCR-ultrassensível, as taxas de colesterol HDL (chamado de “colesterol bom”, por reduzir o risco de acúmulo de gordura nas artérias), o colesterol LDL (considerado o “colesterol ruim”, pois deposita gordura nas artérias e dificulta o fluxo sanguíneo) e os triglicerídeos, além de adotar hábitos alimentares saudáveis e praticar, regularmente, exercícios físicos após avaliação médica adequada.