No mês de aniversário, a instituição avança mais um passo no combate à doença, ampliando
à população o acesso ao equipamento de alta complexidade
Lume , Salvador |
23/03/2015 às 18:46
Equipamento do Hospital São Rafael
Foto: DIV
O Hospital São Rafael (HSR) avança mais um passo no diagnóstico e combate ao câncer na Bahia. Primeiro Hospital do Norte/Nordeste a adquirir o equipamento de PET/CT, o São Rafael agora passou a disponibilizar esse procedimento pelo SUS. O exame, que ajuda na localização exata de lesões malignas e pode modificar a opção para tratamento da doença, até então só era possível para particulares ou mediante convênios privados e planos de saúde.
O procedimento de ponta está disponível para a população em geral, através de convênio firmado entre o HSR e a Prefeitura de Salvador. O PET/CT ou Tomografia por Emissão de sitrons/Tomografia Computadorizada, adquirido em 2006, está disponível para pacientes diagnosticados com câncer de pulmão, colorretal e com linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin.
Para realizar o PET/CT é preciso ter cartão SUS e ser encaminhado por um especialista, já com o pedido médico. A
solicitação pode ser feita, pelo próprio paciente ou seu representante legal, no Serviço de Medicina Nuclear do HSR. O exame é autorizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, observando critérios
técnicos. Com a inclusão da técnica através do SUS, os pacientes que não possuem planos de saúde ou que não têm condições para arcar com o exame, agora poderão fazer esse procedimento, considerado de alto custo.
Mapeamento do Câncer
De última geração, o PET possui uma tomografia computadorizada (TC) acoplada, permitindo maior precisão na detecção do tumor. Por garantir informações sobre a existência e localização exata do tumor, o PET/CT é um grande aliado no tratamento da doença. Evita o uso de métodos invasivos e pode descartar a necessidade de intervenção cirúrgica. O equipamento realiza mapeamento no organismo para rastrear as lesões neoplásicas, através de uma substância similar à glicose, o F-FDG.
Segundo o médico nuclear do HSR, Lucas Vieira, o procedimento é simples. “Como as células neoplásicas consomem grande quantidade de glicose como fonte de energia, é administrada glicose radioativa no paciente. Dessa forma, é possível identificar os locais onde há alteração do
metabolismo glicolítico e, consequentemente, a extensão dos tumores”, afirma.