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Sara Passos realiza pós-douramento em imunologia nos Estados Unidos
Foto: Arquivo pessoal
Olhar o mar é um das distrações prediletas de Sara Timóteo Passos, imunologista brasileira que atualmente mora nos Estados Unidos - onde realiza seu pós-doutoramento -, e que virá ao congresso da SBI 2009, na Bahia, proferir uma Conferência sobre a intrincada relação entre IL-6, células NK (
natural killer), IL-17 e toxoplasmose.
Logo após ter se graduado em Ciências Biológicas, em Salvador, Sara partiu para o mestrado em imunologia estudando a resposta imune celular de pacientes com leishmaniose, orientada pelo respeitado cientista brasileiro, Edgar Carvalho, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).
O estudo sobre leishmaniose continuou no seu doutoramento, ainda sob a tutela de Carvalho.
"A imunologia me roubou da genética", conta Sara, que diz ter se apaixonado pela fascinante área quando ainda estava na graduação, e que a decisão de trabalhar com pesquisa era um sonho de criança.
Após o amadurecimento trazido pelos anos de pós-graduação, Sara partiu para um pós-doutoramento na Universidade da Pensilvânia, onde trabalha no laboratório do Chris Hunter. "A experiência de vir para os Estados Unidos foi sem dúvida um grande desafio decisivo para o meu futuro. É uma experiência única na qual se pode vivenciar uma maneira diferente de se ‘fazer' ciência, onde as discussões, leituras e a prática caminham sempre juntas", diz.
O tema da conferência é fruto do projeto desenvolvido no pós-doc, voltado para o estudo das células da resposta imune inata, em contraposição `as pesquisas com respostas de células T que Sara vinha conduzindo previamente.
"Desenvolvi um projeto para avaliar as células NK e sua capacidade em produzir IL-17 após infecção por
T. gondii, em modelo murino. Esse estudo foi o primeiro a demonstrar a produção de IL-17 pelas células NK", diz Sara.