Para marcar os 37 anos da morte do artesão e carnavalesco Nelson Maleiro, uma missa será celebrada neste domingo, 9 de junho, às 11h30min, na igreja da Piedade. A iniciativa é da ‘Associação dos Amigos de Nelson Maleiro o Gigante de Bagdá’, como uma maneira de homenagear “um artista, que revolucionou o carnaval de Salvador a partir da segunda metade do século XX”, conforme revelou a professora Ivete Lima, afilhada de Maleiro e presidente da entidade.

Ivete se refere ao trabalho que Nelson Cruz, nascido em Cabuçu, então distrito de Santo Amaro da Purificação, e desde os 10 anos morando em Salvador, fez em sua oficina, localizada na Barroquinha, fabricando diversos instrumentos de percussão e construindo criativos carros alegóricos para os blocos ‘Mercadores de Bagdá’, ‘Cavaleiros de Bagdá’ e ‘Os Internacionais’. 

“Antigo embalador na loja ‘Bahia Elétrica’, passou a fabricar malas – daí o termo Maleiro ter sido agregado a seu nome – antes de se dedicar, de corpo e alma, ao carnaval baiano”, ressaltou o pesquisador cultural Ivan Lima, acrescentando que ele era um homem multifacetado, ao listar as inúmeras atividades que desempenhava: artesão, músico (sax tenor da orquestra de jazz Vera Cruz), compositor e esportista (remador do Clube de Regatas Santa Cruz), além de integrante dos ternos ‘Arigofe’ e do ‘Sol’.

No carnaval de 2012, o prefeito João Henrique sancionou projeto do vereador Pedrinho Pepê, denominando de ‘Nelson Maleiro’ a passarela oficial do ‘Circuito carnavalesco Osmar’, no Campo Grande. Recentemente também foi lembrado pelo Esporte Clube Bahia, que, durante um dos seus jogos, personalizou uma camisa com o seu nome.