Salvador

Missa e inauguração marcam 60 anos da OSID

Programação festiva contará com missa presidida por D. Murilo Krieger e inauguração da 11ª sala de cirurgia da instituição
Adriana Patrocinio , Salvador | 22/05/2019 às 10:04
Fachada OSID
Foto: divulgação
Após o anúncio do Vaticano reconhecendo o segundo milagre atribuído à intercessão da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, milhares de devotos e admiradores do Anjo Bom da Bahia voltarão a se encontrar no próximo domingo (dia 26), às 9h, no Santuário da freira baiana (Avenida Dendezeiros do Bonfim), para a celebração dos 60 anos das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). A missa em ação de graças será presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, D. Murilo Krieger, e terá uma programação marcada por homenagens à Mãe dos Pobres e ao seu legado de amor e serviço. A cerimônia contará também com a presença de autoridades, além de profissionais, pacientes, voluntários, moradores e estudantes da instituição.
Também no domingo, às 8h, no Hospital Santo Antônio (complexo localizado ao lado do Santuário de Irmã Dulce), será inaugurada a 11ª sala de cirurgia da OSID. O novo espaço surge como um importante reforço na redução da fila de espera por procedimentos cirúrgicos na entidade, que atualmente contabiliza cerca de 10 mil pacientes. Os recursos para reforma e aquisição de equipamentos da nova sala, da ordem de R$ 936 mil, foram obtidos graças à mobilização do Rotary Internacional e Rotary Club da Bahia a partir de campanhas e doações. A 11ª sala vai contribuir ampliando a oferta de cirurgias de alta complexidade na área oncológica, possibilitando mais agilidade no tratamento de pacientes com câncer.
O legado de Dulce – A missa deste domingo será de agradecimento à freira baiana, que através das Obras Sociais vem acolhendo e assistindo milhares de pessoas diariamente. Fundada em 26 de maio de 1959, por Irmã Dulce, a instituição conta com um perfil de serviços único no país, distribuídos em 21 núcleos que prestam assistência à população de baixa renda nas áreas de Saúde, Assistência Social, Pesquisa Científica, Ensino em Saúde, Educação e na preservação e difusão da memória de sua fundadora. Entre o público acolhido pela entidade, estão pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pacientes oncológicos, crianças e adolescentes em situação de risco social, idosos, dependentes de substâncias psicoativas e pessoas em situação de rua.
Instalada em Salvador, a sede das Obras Sociais Irmã Dulce abriga atualmente um dos maiores complexos de saúde com atendimento 100% SUS do Brasil, incluindo 954 leitos hospitalares para o atendimento de patologias clínicas e cirúrgicas. São 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais realizados por ano na Bahia. Deste total, 2,2 milhões se concentram em Salvador, onde também se realizam 11,5 mil atendimentos por mês para tratamento do câncer, 18 mil internamentos e 12 mil cirurgias por ano. Também na capital baiana são atendidas diariamente cerca de 2 mil pessoas e servidas anualmente 1,7 milhão de refeições aos pacientes da instituição.
O legado social de Irmã Dulce inclui ainda o Memorial Irmã Dulce (MID), um museu instalado na sede das Obras Sociais, com uma exposição permanente sobre a história da religiosa baiana, e o Centro Educacional Santo Antônio (CESA), unidade que funciona no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, atendendo, em parceria com as Secretarias de Educação do Estado e do Município de Simões Filho, cerca de 750 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Em 2018, a OSID foi premiada como a melhor organização não governamental da Região Nordeste do país e uma das 100 melhores do Brasil – prêmio organizado pelo Instituto Doar, em parceria com a Rede Filantropia.
A primeira Santa brasileira – No último dia 13 de maio, o Papa Francisco promulgou o decreto que reconheceu o segundo milagre (uma cura de visão) atribuído à intercessão de Irmã Dulce, cumprindo-se assim a última etapa do processo de Canonização da beata baiana. A freira, conhecida como o Anjo Bom da Bahia, se tornará a primeira santa nascida no Brasil e seu processo será o terceiro mais rápido da história (27 anos após seu falecimento), atrás apenas da santificação do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa). A expectativa agora é pelo dia da cerimônia de canonização de Irmã Dulce, data que ainda será anunciada pelo Papa após reunião prevista para o dia 1º de julho, no Vaticano. E já no domingo seguinte à santificação em Roma, será a vez do Brasil celebrar a santidade do Anjo com um grande evento festivo em Salvador.