O Palácio Arquiepiscopal de Salvador localiza-se na Praça da Sé, na zona histórica do Pelourinho. Foi construído no início do século XVIII
Da Redação , Salvador |
17/12/2018 às 10:47
Prefeito ACM Neto no ato solene
Foto: Max Haack
O prefeito ACM Neto conheceu na manhã desta segunda-feira (17), a convite do arcebispo Dom Murilo Krieger, parte das obras de recuperação realizadas no Palácio da Sé, localizado no Pelourinho. As obras, que têm o objetivo de revitalizar e dinamizar o espaço, devem ser entregues durante as comemorações pelo aniversário de 470 anos Salvador, em 29 de março de 2019. O prefeito autorizou o investimento de R$ 474 mil para a conclusão das intervenções de restauração do prédio histórico, que estavam sendo realizadas com verbas do BNDES e agora contarão também com recursos municipais.
“Salvador vai, aos poucos, ganhando, de um lado, a preservação da sua história e cultura e, de outro, equipamentos que têm uma força extraordinária, sobretudo de atração turística para nossa cidade. Fico feliz em trazer a contribuição da Prefeitura porque isso vai de encontro a tudo que estamos fazendo em termos de investimento no Centro Histórico. Eu não tenho dúvidas que isso vai ajudar a mudar o patamar urbanístico do nosso Centro Antigo”, declarou o prefeito.
“Essa obra não é da igreja, e sim da sociedade. Conseguimos uma parte dos recursos, mas eles acabaram e graças a Deus estamos contando com compreensão da Prefeitura para nos ajudar a dar continuidade. Com isso, a cidade vai se maravilhar e agradecer ao esforço feito pela Arquidiocese e pela Prefeitura. Quem vai ganhar com tudo isso é o povo desse estado”, afirmou Dom Murilo Krieger.
História - O Palácio Arquiepiscopal de Salvador localiza-se na Praça da Sé, na zona histórica do Pelourinho. Foi construído no início do século XVIII para ser residência de arcebispos. É um dos exemplos de arquitetura do período colonial na cidade, possuindo subsolo e três pavimentos sobre a rua. Sua entrada é marcada por um frontão barroco e um portal em pedra de lioz decorado com o brasão de Dom Sebastião Monteiro da Vide, arcebispo de Salvador na época da construção do edifício.
Pode-se notar influência da arquitetura dos palácios renascentistas italianos em seu interior, com duas galerias superpostas que se abrem para um pátio central. As janelas dos dois primeiros pisos são de peitoril e vergas retas e o pavimento nobre, o mais alto, tem janelas com balcões e gradis de ferro.
O edifício ligava-se à antiga Igreja da Sé por passadiços elevados. Em 1933, a igreja foi demolida para permitir a expansão dos trilhos dos bondes da Companhia Linhas Circular de Carris da Bahia. Atualmente, o espaço da antiga igreja é ocupado pela Praça da Sé, onde, em 1999, foi erguido o monumento da cruz caída, do artista plástico Mário Cravo, em homenagem ao templo demolido.
A adaptação de uso do imóvel tem o intuito de implantar um centro de referência da história da Igreja Católica no Brasil, expondo o acervo de singular importância da Arquidiocese de Salvador. O apoio do BNDES abrange as obras civis de restauração do edifício e também a musealização do palácio, com criação de laboratório para restauração documental.