Um mesmo equipamento atacado seis vezes em dois meses. O alvo em questão é a passarela que liga a Avenida Luís Viana, na região de Pernambués, à Avenida Tancredo Neves. No último ataque de vândalos, na semana passada, foram furtadas 12 luminárias, 180 metros de cabos e seis lâmpadas, deixando o local totalmente às escuras, mas todos os itens já foram repostos. A ação gerou um prejuízo de R$ 3 mil.

 

Nos últimos oito meses, os furtos oneraram os cofres públicos em R$ 310 mil. Desse total, R$ 230 mil foram gastos apenas para a reposição de cabos furtados. Segundo o coordenador de Manutenção e Planejamento da Diretoria de Iluminação Pública (DSIP), órgão da Secretaria de Ordem Pública (Semop), Igor Moreira, essa é a passarela mais atacada por bandidos. “O local é deserto à noite. Furtam, queimam ali mesmo e levam para vender. Dessa vez, furtaram metros de cabos e luminárias completas”, diz.

 

Ele pontua que nessas situações o prejuízo vai além da questão material. “São casos que geralmente ocorrem uma falha no sistema, um curto circuito, apagando a passarela toda, de ponta a ponta. O equipamento fica escuro e se torna um local mais atrativo para prática de outros crimes”, sinaliza. O esquema de fiscalização da Prefeitura envolve os chefes de plantão, que circulam pela cidade das 16h a 0h para identificar os defeitos e verificar se são provocados por ação de vândalos.

 

A preocupação da gestão com essas ações está justamente no prejuízo ao patrimônio público. "Infelizmente, essa é uma prática que acontece na cidade de Salvador, em que peças da iluminação pública são destruídas por vândalos. Temos atuado nisso com o apoio da Polícia Civil e da Guarda Civil Municipal porque é um dano grande ao patrimônio público e ao dinheiro do cidadão soteropolitano que paga impostos", acrescenta o diretor da DSIP, Júnior Magalhães.

 

Preocupada em diminuir o número de ataques, a DSIP tem estudado maneiras de dificultar as ações dos vândalos. Moreira ressalta que o órgão tem se debruçado sobre projetos que visam proteger os equipamentos. “Queremos desenvolver algumas maneiras que dificultem o roubo, como a criação de uma estrutura de proteção para luminária e para o cabeamento. Hoje ficam expostos, o que facilita o roubo”, destaca.

 

Faça sua parte - A população também pode ajudar, denunciando qualquer situação suspeita por meio do Fala Salvador (156), que funciona 24h. “Nós somos as câmeras da cidade. Esse olhar preventivo pode nos ajudar muito. A população precisa ligar, denunciar no 156, fazer uma solicitação de emergência, se for o caso”, reforça. O diretor explica que nessas situações emergenciais, a Guarda Municipal e polícia são deslocadas ao local com brevidade.