Salvador

TRAFICANTE Arturzinho ameaça rival Zói em entrevista ao vivo na TV

A Policia considera Arturzinho um dos mais perigosos bandidos da cidade do Salvador
Da Redação , Salvador | 04/12/2017 às 19:29
Arturzinho e Pirrita
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Artur Arlindo Barbosa Pacheco, 'Arturzinho', 25 anos, 'Oito de Espadas' do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP), e o comparsa Mateus da Silva Oliveira, 'Pirrita', 23, foram apresentados em coletiva à imprensa, na manhã desta segunda-feira (4), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Integrantes de uma quadrilha de traficantes responsável por homicídios no bairro de Ondina, Arturzinho e Pirrita estavam com mandados de prisão temporária em aberto pela morte do rival Rafael Santos Silva e tentativa de homicídio de Alan dos Santos Santana, no dia 1ª de outubro, no Alto de Ondina.

Eles praticaram os delitos, que tinham ligação com o tráfico de drogas, em companhia de Ycaro Caldas Fonseca, o 'Fantasmão', morto logo a seguir, em 5 de outubro, no Vale das Pedrinhas, depois de troca de tiros com policiais militares do Garra, unidade do Esquadrão Águia.

A dupla teve os mandados cumpridos na sexta-feira (1º), pela delegada Simone Moutinho, da 1ª Delegacia de Homicídios/Atlântico, ao se apresentar no DHPP acompanhada de advogado. “Não se trata de uma apresentação espontânea, pois cumprimos mandados de busca e apreensão na casa dos criminosos, no Alto de Ondina”, ressaltou a delegada.

Líder da quadrilha, Arturzinho está envolvido na morte do médico Marcos Spínola Ramos, durante o Carnaval de 2013, e num duplo homicido ocorrido em Itinga, Região Metropolitana de Salvador. Ele também já tinha sido apresentado no DHPP em 2015, ao lado de comparsas, após flagrado com uma submetralhadora 9 milímetros e cinco revólveres calibre 38.

AMEAÇA AO VIVO

Em transmissão ao vivo de uma emissora de TV, e sem temer a presença de duas delegadas e dois policiais civis, Arturzinho mandou seu recado. “Quem traiu vai pagar. Quem bate, esquece. Quem apanha, não, Zói”, disse o ex-chefe do tráfico do Alto de Ondina, apresentado à imprensa na manhã desta segunda-feira (4), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba.

“Isso é golpe de estado. Não fomos nós. Foi Zói, junto com Charuto e outros lá. Primeiro eles mataram os comparsas e depois começaram a espalhar boatos de que a gente estava fazendo toque de recolher e que até iríamos matar os policiais. Tudo isso para nos derrubar, mas não vão conseguir”, diz Artuzinho. “Há uns dois anos a gente comanda lá, não vamos mentir. Mas hoje, não. Não temos nada a ver com isso”, emenda Mateus.