Faltou contar a história da disputa no Axé Opô Afonjá
Da Redação , Salvador |
30/11/2017 às 17:13
Mestre Didi
Foto: Hanz Herold
Para marcar o centenário do sacerdote afro-brasileiro e artista plástico Deoscóredes Maximiliano dos Santos (Mestre Didi), celebrado neste sábado (2), em Salvador, o Governo do Estado da Bahia realiza uma série de ações através das secretarias de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e de Cultura (Secul). Falecido em 2013, Mestre Didi ficou reconhecido pela sua produção artística, intelectual e atuação na defesa e preservação da cultura de matriz africana.
O primeiro ato, às 14hs, será a nomeação do “Viaduto Mestre Didi”, no equipamento viário construído na Avenida Orlando Gomes, em frente ao Senai/Cimatec, com descerramento de placa de homenagem. A iniciativa integra as ações da Década Internacional Afrodescendente (2015-2024), na esfera do reconhecimento às contribuições da população negra para o desenvolvimento da Bahia e do país.
Em seguida acontece a cerimônia de tombamento do Ilê Asipá pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), órgão vinculado à Secult. A comunidade religiosa foi fundada pelo sacerdote em 1980 e fica localizada na rua da Gratidão, nº 8, em Piatã, onde ocorrerá o tombamento.
As atividades contarão com as presenças das titulares da Sepromi e da SecultBA, as secretárias Fabya Reis e Arany Santana, respectivamente, além de familiares e autoridades religiosas. Haverá, ainda, apresentações artísticas de integrantes do Ilê Asipá.
Mais sobre Mestre Didi
Deoscóredes Maximiliano dos Santos (1917-2013), o Mestre Didi, foi escultor e escritor. Na infância aprendeu a manipular materiais, formas e objetos com as lideranças mais antigas do culto orixá Obaluaiyê. Entre 1946 e 1989 publicou livros sobre a cultura afro-brasileira, alguns com ilustrações de Carybé. Em 1966 viaja para a África Ocidental e realiza pesquisas comparativas entre Brasil e África, contratado pela Unesco. Nas décadas de 60 a 90 participa de institutos de estudos africanos e afro-brasileiros e atua como conselheiro em congressos com a mesma temática, no Brasil e no exterior.
Em 1980 funda e preside a Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Asipá, do culto aos ancestrais Egun, em Salvador. Foi coordenador do Conselho Religioso do Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira, representando o país em eventos e mobilizações internacionais.
Serviço:
O quê: Nomeação do “Viaduto Mestre Didi” e tombamento do Ilê Asipá.
Quando: Sábado (2), a partir das 14hs.
Onde: Viaduto em frente ao Senai/Cimatec (Avenida Orlando Gomes, Piatã) e Ilê Asipá (Rua da Gratidão, nº 8, Piatã - mesmas imediações do viaduto).