Com o objetivo de integrar o eixo Centro Histórico do Programa Salvador 360, que têm diversas intervenções previstas para a área, como a requalificação das Praças Cairu e da Inglaterra, a criação do Museu da Música e do Museu da História, a Prefeitura de Salvador organizou um grupo de trabalho para encontrar soluções para a mobilidade sustentável dos cidadãos na região do comércio: o projeto Ruas Completas, denominado Nova Miguel Calmon. O resultado desse estudo, idealizado durante quase um ano, foi apresentado nesta terça-feira (28), em Recife, durante a 72° Reunião Geral de Prefeitos, realizada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNL).
A rua escolhida para ganhar a transformação foi a Avenida Miguel Calmon, no bairro do Comércio. A intenção é melhorar não só a chegada até o Elevador Lacerda, mas também o acesso ao Plano Inclinado Gonçalves e ao Plano Inclinado Pilar (começo da Avenida Jequitaia). Participaram do grupo membros da Secretaria de Mobilidade (Semob), Secretaria da Cidade Sustentável e Inovação (Secis), Fundação Mario Leal Ferreira (FMLF) e Transalvador (Superintendência de Trânsito de Salvador).
Projeto – A intenção é que a nova Miguel Calmon, que interliga os assessores da capital baiana, priorize o transporte não motorizado e de baixo carbono. Em outras palavras, o planejamento prioriza pedestres e ciclistas, com foco na acessibilidade, mas sem ignorar o trânsito de veículos da região.
Também estão previstas calçada largas, espaços de convivência com mobiliário urbano, ciclovias, projeto paisagístico com espécies nativas de Mata Atlântica, medidas moderadoras de tráfego e sinalização. A fase de captação de recursos para o empreendimento começa em 2018.
Integração – A apresentação do projeto em Recife foi feita por Tânia Scofield, presidente da FMLF, e contou com a presença do secretário Fabio Motta, da Semob, e de Fabrizzio Müller, da Transalvador. Segundo Tânia, é uma honra falar sobre um projeto que prioriza o cidadão e ainda revitaliza uma área tão importante para a memória de Salvador. “Hoje essa rua atende, praticamente, a demanda do transporte motorizado, por isso ela foi escolhida. O objetivo é alterar esse modelo de rua, transformando em uma via mais atrativa e agradável para pedestres e ciclistas”, destaca Scofield.
O secretário de mobilidade, Fabio Mota, também elogiou o projeto: “A ideia é melhorar a vida de todos, tanto para os que andam de carro como para aqueles que usam bicicleta e cadeira de rodas, além dos pedestres”. Para André Fraga, titular da Secis, “pensar em priorizar o transporte de baixo carbono, ou seja, menos poluente, é pensar no futuro, na qualidade de vida que queremos ter”, completa.