Após um dos boxes do pavilhão 2 do Mercado de São Miguel ter sido atingido por um incêndio, na madrugada dessa terça-feira (05), a Defesa Civil de Salvador (Codesal) interditou os pavilhões de número 2, 3 e 4 do estabelecimento. O equipamento, funcionando parcialmente em estrutura precária, conta com oito pavilhões e 30 permissionários. Apenas um boxe do pavilhão de número 2 foi atingido pelas chamas, que foram contidas pelo Corpo de Bombeiros em pouco tempo. A Prefeitura já está em fase de orçamento do projeto para a construção do novo mercado, dentro dos investimentos previstos pelo programa Salvador 360, no eixo Centro Histórico, o último lançado pelo Executivo municipal.
O boxe incendiado era utilizado pela permissionária Maria das Neves Simões, 40, que lamentou o ocorrido. “Eu estava em casa quando recebi o telefonema. Quando cheguei aqui já estava tudo alastrado. Agora é ir para o novo boxe e aguardar a obra”, disse. Comerciante e um dos fundadores do Mercado de São Miguel, Derivaldo Santana, 80, ficou surpreso ao ser informado sobre o ocorrido. “É triste, mas nós estamos esperançosos com a realização dessa obra de revitalização prometida pelo prefeito ACM Neto”, afirmou.
"Tratas-se de uma estrutura muito degradada. Por isso, será construído praticamente um novo mercado, em projeto elaborado pela Fundação Mario Leal Ferreira, com uma estrutura moderna e atraente para clientes e comerciantes", afirmou o titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Marcus Vinícius Passos.
Os dez permissionários que ainda comercializavam produtos nos pavilhões que foram interditados serão relocados para outros espaços dentro do mesmo mercado. Segundo a Codesal, o incêndio foi ocasionado em função das instalações elétricas. “Nós vamos desligar a luz nos locais interditados para evitar que novos incêndios aconteçam”, disse Gustavo Ferraz, diretor-geral da do órgão.
Projeto - Aliado ao resgate das tradições, a proposta do novo Mercado de São Miguel traz uma arquitetura contemporânea do mercado, com o intuito de causar impacto a uma região que tem sofrido problemas com a economia, a degradação e o despovoamento. Todo o equipamento será praticamente implantado no andar térreo, com infraestrutura que engloba cerca de 50 boxes e demais itens, como sanitários, acessibilidade e estacionamento. Além disso, inclui um mezanino que servirá para realização de exposições artísticas e pequenas apresentações musicais. O valor final da obra será divulgada em novembro após detalhamento final do projeto.
A ser construída em estrutura metálica, a fachada apresenta ainda a implantação de uma área verde urbana – tendência adotada nas principais cidades do mundo, dentro da ideia de ampliação do corredor de acesso ao mercado. A estimativa é de que todos os projetos complementares, a exemplo dos sistemas elétrico e hidrossanitário, estejam concluídos até novembro deste ano. O investimento será definido após a conclusão do projeto, em novembro.