É o fim do mundo
Correio , da redação em Salvador |
06/10/2014 às 22:17
Padre Francisco foi assassinado
Foto: Correio
O corpo do padre que estava desaparecido foi encontrado no próprio domingo e reconhecido nesta segunda-feira (6), segundo informações da Polícia Civil. Francisco Carlos de Souza, 45 anos, estava com marcas pelo corpo feitas com objetos cortantes. O carro do padre, um Fox OUJ-5586, não foi localizado, o que levanta suspeita de latrocínio.
O corpo do padre estava em um matagal perto do Centro de Formação de Líderes, entre Itapuã e Stella Maris. Segundo a Polícia Civil, o corpo foi localizado à tarde a estimativa é que o crime tenha acontecido por volta das 13h de ontem - a 15ª Companhia Independente de Polícia Militar (Itapuã) encontrou o corpo por volta das 13h30. Testemunhas teriam visto o padre discutir com dois homens que ainda não foram identificados.
Já a Arquidiocese de Salvador, diz que o padre saiu de casa por volta das 15h30 do domingo para ir celebrar uma missa às 16h no Santuário de Mãe Rainha, paróquia Nossa Senhora da Esperança. O padre vivia sozinho em um condomínio no Costa Azul.
Segundo informações da paróquia ao registrar o caso, depois que o padre não apareceu, tentaram entrar em contato com ele, sem sucesso. O corpo foi reconhecido por padres da paróquia nesta noite. Familiares do padre, que são de Minas Gerais, serão avisados.
Os paroquianos lamentaram a perda. "Ele era uma pessoa muito especial mesmo. Quando acontecia algum problema de casal ele estava sempre próximo para ajudar. Quando minha filha teve um acidente, ficou ao meu lado o tempo todo. Uma pessoa muito bacana, estou muito sentida. Fiquei arrasada, ainda estava na esperança de encontrarem ele vivo. Frequento a paróquia há muito tempo, há muitos anos. Eu sempre ia encontrar com ele, conversar", diz Vanilda Freire, que ressalta que o padre era aberto à comunidade. Ele fazia projetos sociais inclusive com jovens estrangeiros, que vinham a Salvador ajudar comunidades. "Ele trouxe uns franceses que dei abrigo na minha casa, porque eram amigos dele", conta. "O povo da Mãe Rainha juntou toda essa tarde".