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Comissão garante termos de compromissos assinados com a INB
Foto: iCaetité
A polêmica sobre o que seria feito com as cargas de urânio que estavam paradas no pátio da Polícia Militar de Guanambi foi solucionada. Os caminhões foram levados para o destino original da carga, a cidade de Caetité, a 757 quilômetros de Salvador, na madrugada desta sexta-feira (20).
Após a reunião que aconteceu ontem (19), a comissão formada para discutir o assunto entrou em acordo com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Como condição, a carga permanecerá lacrada até que questões referentes ao processamento sejam finalizadas.
Para garantir o transporte da carga, 160 policiias militares do 17º Batalhão e da Companhia de Ações Especiais do Sudoeste acompanharam a viagem do urânio, impedido de entrar na cidade na segunda-feira por moradores. Segundo o capitão Marcelo Pitta, assessor de comunicação da PM, declarou à "Folha Online", não se tratou de uma escolta, mas sim de uma maneira de garantir a integridade das pessoas envolvidas.
COMPROMISSOS
Segundo o Professor Fabiano Cotrim, representante da Sociedade Civil na Comissão, "apesar das carretas retornarem para Caetité, o episódio acabou sendo positivo, uma vez que a comunidade, a empresa e todos saíram ganhando com o termo de compromisso assinado entre as partes e preservado também a segurança da população de Guanambi".
O acordo foi referendado com a assinatura de um termo de referência com condições sobre o transporte e manipulação do material no município. A INB emitiu, também, uma nova "Comunicação de Operação de Transporte", documento necessário para o deslocamento de carga radioativa, que foi enviado aos órgãos envolvidos, inclusive ao IBAMA, comunicando a data do deslocamento da carga. Embora não tenha sido dibulgada por queztões estratégicas, o transporte do material aconteceu na madrugada desta sexta-feira, passando por Caetité por volta das 4 horas da manhã.
Para chegar ao acordo os membros da comissão, formada por representantes da igreja, prefeitura, câmara de vereadores, ONGs e sociedade civil, apresentaram condições, entre elas: presença da CNEN, Ibama, INB e do próprio grupo durante o processo de resolução e processamento da carga.
Para o Prefeito de Guanambi, Charles Fernandes, o consenso acabou sendo a melhor saída, "principalmente com as condições estabelecidas no acordo", deixando tambem a população de Guanambi aliviada.
Condições
"A carga permanecerá lacrada até que sejam preenchidos todos os requisitos de segurança", diz o documento. Outra condição foi a de envio de um novo pedido de licença para manuseio do urânio no local, além de garantias de segurança aos trabalhadores. "A decisão foi a mais prudente, melhor para todos", declarou o presidente da INB, Alfredo Tranjan. (Com informações Icaetité, Blog do Latinha e redação do BJÁ)