Uma tragédia nacional sem precedentes na história do Brasil. Já são, até agora, 511 mortos no interior do Rio de Janeiro, região serrana, devido as fortes chuvas. Muita improvisação das autoridades, mais chuvas e um rastro de destruição por onde passam as águas a partir de Teresópolis/Petropolis rumo ao interior do estado.
Um tumulto foi provocado por criminosos no Centro da cidade de Teresópolis na manhã desta sexta-feira (14). De acordo com informações da assessoria de comunicação da prefeitura, houve dois assaltos a lojas do Centro, próximas à Calçada da Fama, a mais importante área de comércio de Teresópolis.
A cidade foi uma das mais afetadas pela chuva que cai nos últimos dias na Região Serrana. Mais de 200 pessoas já morreram no município. Ao todo, a tragédia já deixou mais de 500 mortos em Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis.
Assustados, muitos comerciantes chegaram a fechar as portas. "O coronel do batalhão da PM acabou de me dizer que houve um assalto em duas lojas do Centro de Teresópolis. A polícia está no local", afirmou o prefeito de Teresópolis, Jorge Mário.
"Não houve arrastão, nem saques em demais estabelecimentos. Só que as pessoas entraram em pânico e isso gerou confusão. Mas foi um boato que gerou pânico, só isso", complementou.
Segundo a assessoria da prefeitura, o comandante do 30º BPM (Teresópolis) informou que o policiamento está reforçado no Centro. Ainda segundo a assessoria, Guardas Municipais também foram deslocados para patrulhar a Calçada da Fama e as ruas próximas.
Ao todo, 225 homens da Força Nacional de Segurança chegaram nesta sexta-feira (14) à Região Serrana do Rio de Janeiro. Eles vão auxiliar nas buscas por vítimas e na manutenção da ordem pública nas áreas atingidas pelos temporais no estado, principalmente em Teresópolis. Desde terça-feira (11), as chuvas na Região Serrana do Rio deixaram mais de 500 mortos.
Policiais militares, bombeiros e peritos que integram a Força Nacional vão ser distribuídos entre as cidades: 197 ficarão em Teresópolis e 28 em Nova Friburgo, as mais afetadas pelas chuvas.
"Vamos atuar em três frentes de trabalho: na preservação do patrimônio público, na busca por pessoas vivas e na identificação de corpos. Nosso objetivo é ajudar o estado do Rio", afirmou o diretor da Força Nacional, major Alexandre Augusto Aragon. A tropa ficará no estado do Rio pelo tempo que for necessário.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou ao G1 que a presidente Dilma Rousseff determinou "total solidariedade e rapidez" no socorro às vítimas da tragédia. Segundo Cardozo, o efetivo de 225 homens conta com 130 policiais militares, 80 bombeiros, além de 15 peritos e unidades móveis de resgate. Um helicóptero também foi enviado para auxiliar nas buscas.