Enquanto em Salvador ex-barraqueiros planejam trabalhar na virada do ano em 130 toldos distribuídos pelas praias, no município de Lauro de Freitas, os proprietários das barracas de Vilas do Atlântico resolveram fechar os estabelecimentos na noite do dia 31 deste mês, por falta de segurança e apoio da Prefeitura.
 

A decisão foi tomada em consenso pelos comerciantes, após reunião esta semana, e tem o objetivo de evitar tumultos. As praias de Vilas do Atlântico se tornaram destino certo de muitos banhistas que frequentavam a orla de Salvador e partiram em busca das extintas barracas. Nos finais de semana normais, sem fiscalização por parte da Prefeitura já está um tumulto com furtos, cães na praia, frescobol em todas as áreas e alugueis de cadeiras.
 

Os empresários temem não dar conta da demanda prevista para este Réveillon, após a derrubada das barracas de praia na capital baiana. "Optamos em não abrir, porque não temos essa estrutura", relatou o proprietário da Barraca Araruama, Victor Lemos.

Planejamento 

De acordo com o secretário do Planejamento de Lauro de Freitas, Paulo Roberto, os comerciantes e barraqueiros receberam autorização da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) para utilizar a areia da praia no Réveillon, no entanto, a maioria deles optou por não realizar a festa da virada.

"Quem tiver interesse de realizar algum evento deve se cadastrar na prefeitura. As festas ocorrerão em toldos, no mesmo modelo de Salvador", informou Roberto.

Moradores de Vilas do Atlântico aprovam a decisão dos barraqueiros. Para a bióloga Aline Proença, 26 anos, a quantidade de pessoas que chegaria às praias em busca de estrutura para a virada iria sobrecarregar o local e destruir o meio ambiente. "Achei muito sensato da parte deles", afirma.