Saindo da Praça Ruy Barbosa, a caminhada percorreu algumas ruas centrais, acompanhada do mini-trio do Grupo Mescla, da Tia Sandra e Bonecada, além da Fanfarra Tradicional de Alagoinhas que animou o grande cortejo formado por alunos da rede municipal de ensino, professores, adolescentes, educadores, representantes do Conselho Tutelar, Juizado de Menores, Ministério Público, Vara da Infância e Juventude, integrantes de diversas ONGS, técnicos das Secretarias envolvidas, além do prefeito Paulo Cezar que acompanhou todo o percurso e de secretários municipais.
Segundo a secretária Tatiana Andrade, a ação tem como objetivo sensibilizar a população do município sobre as conseqüências e os riscos que o trabalho infantil pode causar na vida das crianças exploradas. "Hoje, o momento é motivo para celebrar. É com muita satisfação que estamos realizando a primeira caminhada, juntamente com o Ministério Público, Juizado de Menores, Vara da Infância e Juventude. Isso mostra que as forças estão se unindo para a erradicação do trabalho infantil em Alagoinhas", comentou.
Tatiana Andrade explicou que o objetivo maior da caminhada é inserir a sociedade no processo de combate ao trabalho infantil. Ela garantiu que a Secretaria de Assistência Social vem desenvolvendo ações com esse fim. "Não poderia cruzar os braços diante de uma parcela significativa de crianças e adolescentes que trabalham de forma ilegal na nossa cidade, tendo os seus direitos violados", acrescentou.
Durante a caminhada foi possível mostrar as diversas formas dos direitos violados da criança, através do trabalho infantil e também mostrou os direitos da criança como saúde, educação e moradia. "A criança tem o direito de brincar e ser feliz. Estamos aqui para combater esse grande mal que vem causando conseqüências irreparáveis na vida de muitas crianças vítimas dessa prática desumana", finalizou.
Para Cristiano Fonseca, coordenador do Juizado de Menores de Alagoinhas, a caminhada e a campanha intitulada "Alagoinhas diz não ao trabalho infantil" é de extrema importância, já que como em outras cidade de desenvolvimento acelerado, constata-se o crescimento de crianças e adolescentes em situação de trabalho.
O evento pretende conscientizar a população de que o lugar de criança é na escola, no convívio familiar. O trabalho precoce só traz problemas, como traumas e sofrimento para as crianças. O trabalho infantil é ilegal e criminoso", concluiu.
Durante o trajeto, foram distribuídos panfletos com artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA e com informações sobre os riscos e danos causados pelo trabalho infantil. |No final da caminhada, foram distribuídos lanches para todas as crianças que participaram do percurso.